A recente crise no Mar Vermelho, provocada por ataques terroristas do grupo Houthi contra navios comerciais, fez o preço do petróleo subir.
A cotação do Brent, por exemplo, com negociações para fevereiro, subiu para US$ 80,24 o barril (+1,27%). O WTI, para o mesmo mês, aumentou para US$ 75,02 (+1,46%).
+ Leia mais de Economia em Oeste
O Brent (europeu) e o West Texas Intermediate (norte-americano) são as principais referências internacionais de petróleo no mundo. Os preços são referentes a contratos futuros, que são negociados anteriormente.
Segundo o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, nesta segunda-feira, 18, Washington lançou uma força-tarefa na tentativa de salvaguardar o comércio na região, enquanto grandes companhias redirecionavam seus navios.
Leia também: “Goldman Sachs reduz previsão do preço do petróleo para 2024”
Os Houthis, financiados pelo Irã, prometeram continuar a atacar as embarcações no Mar Vermelho. As ofensivas fizeram petroleiras e empresas de transporte marítmo desviarem as rotas de seus navios para longe da área
As interrupções logísticas no comércio exterior tendem a aumentar os preços do petróleo. Além disso, o envolvimento de países produtores, como o Irã, é um fator que representa riscos para a oferta global desde o início do conflito entre Israel e o Hamas.
Companhia de energia diz que EUA lideram produção de petróleo fora da Opep+
A principal fornecedora de preços e informações do mercado de petróleo, energia e outros, S&P Global Commodity Insights, afirmou que os Estados Unidos estão produzindo mais petróleo do que qualquer país na História, liderando um forte crescimento da oferta fora da Opep+.
Isso seria uma alternativa à dependência global da importação de petróleo dos países da Opep, uma vez que muitos deles fazem parte do Oriente Médio, região mais instável politicamente.
Leia também: “Putin dá sinais de disposição para conversar sobre Ucrânia com Estados Unidos e Europa”
A quantidade de petróleo que o país exporta já está próxima da produção total da Arábia Saudita e da Rússia. O Escritório de Reservas de Petróleo do Departamento de Energia (DoE) dos Estados Unidos informou que comprou, nesta terça-feira,19, 2,1 milhões de barris de petróleo para reabastecer a reserva estratégica norte-americana.