O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse estar disposto a dialogar com os Estados Unidos e países europeus, sobre o conflito com a Ucrânia.
“Na Ucrânia, aqueles que são agressivos em relação à Rússia, e na Europa e nos Estados Unidos, querem negociar?”, interpelou, durante uma reunião com militares, na terça-feira 19. “Deixe-os. Mas faremos isso com base em nossos interesses nacionais.”
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Rússia X Ucrânia
O encontro em Moscou teve a presença do ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, e do general Valery Gerasimov, bem como o diretor do Serviço Federal de Segurança, Alexander Bortnikov.
Putin afirmou que as tropas russas vão continuar com os objetivos da operação militar, porém, reconheceu a necessidade de aprimorar a comunicação, a capacidade de reconhecimento e de satélite da Rússia.
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Shoigu revelou um aumento na produção de tanques, veículos aéreos não tripulados e projéteis de artilharia desde fevereiro de 2022. Ele também anunciou o recrutamento de 490 mil soldados contratados e voluntários neste ano, com planos de aumentar para 745 mil em 2024.
Falta de munição
A Ucrânia está reduzindo o ritmo de suas operações contra a invasão da Rússia, por causa da falta de munição de artilharia. A frente de batalha hoje tem cerca de 1 mil quilômetros.
O general Oleksandr Tarnavsky revelou a informação à agência Reuters na segunda-feira 18. Tarnavsky é um dos oficiais ucranianos mais respeitados. Ele liderou o último grande sucesso do país na guerra, quando a Ucrânia conseguiu retomar a cidade de Kherson, no sul do território, em novembro de 2022.
A Ucrânia tenta sensibilizar os aliados do Ocidente a contribuírem com sua operação. A oposição republicana no Congresso dos Estados Unidos está bloqueando um pacote de R$ 300 bilhões de ajuda para a Ucrânia, que seria enviada no próximo ano.