O presidente e fundador da Polishop, João Appolinário, afirmou que a empresa busca por uma recuperação extrajudicial junto de seus credores. A notícia foi divulgada nesta sexta-feira, 5, pelo jornal O Estado de S. Paulo.
A empresa já reduziu as dívidas bancárias de R$ 270 milhões, em janeiro de 2022, para R$ 84 milhões, em 2024. Contudo, o empresário alegou que os credores mais difíceis de negociar são os bancos.
Além das dívidas bancárias, o fundador da Polishop também mencionou um endividamento de aproximadamente R$ 50 milhões com os shoppings centers. Para ele, a pandemia, o aumento do IGP-M (índice que corrige os contratos de aluguel) e a crise de crédito motivada pela crise da Americanas são os principais motivadores das dificuldades enfrentadas pela Polishop.
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Na peça judicial, a empresa faz menção a 50 processos de despejo ajuizados contra ela somente entre 2022 e 2024. A Polishop também afirma que, do ano passado para cá, pelo menos 42 lojas fecharam.
Polishop faz pedido de medida cautelar para se salvar das dívidas
A empresa entrou com uma medida cautelar preparatória para um pedido de reestruturação no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). O pedido liminar foi aceito na quarta-feira 2, pelo juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho, da 2ª Vara de Falências e Recuperação Judicial. Com isso, a companhia blinda-se de execuções judiciais de credores.
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De acordo com Appolinário, a medida cautelar tem como objetivo interromper o “clima” que se criou em torno da reestruturação da varejista, com pedidos de pagamentos à vista que inviabilizam a operação.
Para ele, a Polishop já realizou os ajustes necessários, com fechamentos de lojas e cortes de custos. O empresário afirmou que a empresa, inclusive, vai abrir seis lojas em abril. Appolinário explica que, em novos contratos, a companhia busca um custo total de ocupação entre 5% e 8% do faturamento das lojas.
Redução da dívida
De acordo com a peça ajuizada, a redução da dívida bancária ocorreu em parte ao capital de giro e em parte a aportes do próprio Appolinário. Além disso, houve a suspensão dos serviços de plataformas de marketing e tecnologia, como Google, Meta, Microsoft, Oi e UOL.
A pausa se deu em virtude da falta de pagamento aos serviços digitais. Segundo a empresa, as plataformas encaminharam Notificações Extrajudiciais e e-mails solicitando o pagamento dos valores, sob pena de cancelamento dos serviços.
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