Os saques superaram os depósitos na caderneta de poupança pelo quarto mês consecutivo em novembro. A informação foi divulgada nesta segunda-feira, 6, pelo Banco Central (BC).
De acordo com os dados, no mês passado houve uma saída líquida de R$ 12,4 bilhões — é o maior resgate para o mês de toda a série histórica do levantamento, iniciada em 1995.
Em novembro, os saques superaram os depósitos em R$ 9,3 bilhões no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Já na poupança rural, a retirada líquida foi de R$ 3,1 bilhões.
No acumulado deste ano, entre janeiro e novembro, a poupança registrou saída de R$ 43,2 bilhões, ante entrada de R$ 145,7 bilhões no mesmo período do ano passado.
A poupança é remunerada pela taxa referencial (TR), que atualmente está em zero, mais 70% da Selic (a taxa básica de juros da economia brasileira), hoje em 7,75% ao ano. Na prática, a remuneração atual da poupança é de pouco mais de 5,4% ao ano.
A regra de remuneração vale sempre que a Selic estiver abaixo de 8,5% ao ano. Quando estiver acima desse patamar, a poupança passará a ser atualizada pela TR e mais uma taxa fixa de 0,5% ao mês (6,17% ao ano).
A aposta do mercado é que Comitê de Política Monetária (Copom) do BC determine um novo aumento da Selic na próxima reunião, nos dias 7 e 8 de dezembro. Com isso, a taxa básica de juros poderia terminar o ano acima dos 9%, o que alteraria a remuneração da poupança, aumentando o rendimento nominal.