A Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) anunciou nesta quinta-feira, 13, que o Plano 1, o maior da fundação, encerrou 2024 com um déficit de R$ 17,6 bilhões.
O fundo, que possui um patrimônio de R$ 240 bilhões, já acumulava um prejuízo de R$ 14 bilhões até novembro do ano passado. O Tribunal de Contas da União (TCU) estabeleceu uma auditoria para investigar as causas do déficit e identificar os possíveis prejuízos.
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Especula-se que a principal razão para o desempenho negativo do Plano 1 seja a baixa rentabilidade do segmento de renda variável. Esse segmento registrou uma queda de 12,02% em 2024.
Em contrapartida, os investimentos no exterior se destacaram, com um retorno de 40,4%, compensando parcialmente o desempenho ruim no mercado doméstico.
A Previ explica que as oscilações de mercado impactaram o desempenho dos investimentos, consumindo o superávit de R$ 14,5 bilhões acumulado em 2023.
Segundo a fundação, esse tipo de flutuação é comum no mercado financeiro brasileiro, e a estratégia da Previ é focada no longo prazo. Mesmo com o resultado negativo, a fundação garantiu que mantém a solidez e a capacidade de pagar benefícios.
TCU apura déficit no Previ
O TCU busca apurar o fluxo negativo de R$ 14 bilhões no Plano 1 entre janeiro e novembro de 2024. O procedimento ainda não tem data definida para ser concluído.
O ministro Walton Alencar, relator do processo, afirmou que o objetivo da auditoria é investigar toda a governança da Previ e as decisões de investimento da entidade.
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Além disso, a Previ, maior fundação de Previdência complementar do país, gerencia R$ 270 bilhões em investimentos.
Com 84 mil funcionários do Banco do Brasil como participantes e 109 mil beneficiários, o fundo destaca que, apesar da volatilidade de 2024, não há risco de equacionamento ou necessidade de contribuições extraordinárias por parte dos associados ou do banco.