Movimento ligado aos servidores da Empresa Brasil de Comunicação critica inclusão no Programa de Parcerias de Investimentos do governo federal
A ideia do presidente Jair Bolsonaro em privatizar a Empresa Brasil de Comunicação, a EBC, e, assim, diminuir os gastos públicos já encontra resistência no meio sindical. Movimento que se coloca como porta-voz dos servidores do conglomerado de mídia, a Frente em Defesa da EBC e da Comunicação Pública se posicionou ontem em relação ao tema.
Em nota publicada no site do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal, a frente vai por dois caminhos. Primeiramente, omite a questão dos gastos que o governo federal tem de arcar para a manutenção do projeto midiático idealizado pelo ex-presidente Lula na década passada, conforme registrou Oeste. Em segundo lugar, o movimento tece críticas a Bolsonaro por ter incluído a EBC no Programa de Parcerias de Investimentos, o chamado PPI.
“Em relação à questão econômica, a EBC nunca foi criada para ser autossuficiente, como não é nenhuma corporação de mídia pública. Ela deve ter receitas da União, não fazendo sentido falar em ‘déficit’, como o governo faz de forma má intencionada”, diz trecho da nota assinada pela Frente em Defesa da EBC e da Comunicação Pública. A entidade dá a entender que — para ela — o governo federal deveria seguir investindo no projeto notoriamente reconhecido por registrar traço de audiência.
Estudo do BNDES
Ainda que a medida preocupe o movimento que representa os servidores da Empresa Brasil de Comunicação, a privatização da EBC não será de imediato. O decreto publicado na edição de 21 de maio do Diário Oficial da União informa que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, BNDES, fará estudos relacionados ao assunto. Posteriormente, caberá ao conselho do PPI aprovar ou não as deliberações indicadas pelo órgão.
A inclusão da EBC no PPI mostra que o presidente Bolsonaro toma mais uma medida em sintonia com a campanha eleitoral de 2018. Na ocasião, o então presidenciável prometeu privatizar a empresa de comunicação pública. O que também chegou a ser defendido por outros candidatos. Geraldo Alckmin chegou a garantir que, se eleito, extinguiria a operação do conglomerado de mídia até hoje vinculado à União e aos cofres públicos.
É apenas mais um cabide de empregos criado pelo PT para abrigar os PTralias da imprensa. Bolsonaro termine com isso, promessa é dívida.
Sugiro que esses profissionais entrem em greve. Sabe o que vai acontecer? Nada. Ninguém vai notar. Teríamos, então, a real dimensão desse negócio: nada.