De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), as exportações de carne de frango de março aumentaram, em comparação ao mesmo mês de 2022. Considerando tanto os produtos in natura quanto os processados, os embarques resultaram em 515 mil toneladas. Desse modo, houve um crescimento de 23%.
Com o volume de carne de frango exportado em março, as receitas atingiram quase US$ 1 bilhão. Assim, ocorreu um acréscimo de 27%, para o mesmo intervalo em 2022.
Ricardo Santin, presidente da ABPA, atribuiu a melhora a um incremento generalizado nas compras dos maiores destinos de exportações. Ele afirmou que o Brasil estava preparado para responder ao aumento da demanda.
“Uma soma de fatores influenciou o comportamento atípico das vendas internacionais de carne de frango no mês, como, por exemplo, parte dos embarques atrasados de fevereiro”, explicou. “Além disso, este é um período em que, tradicionalmente, há uma aceleração dos embarques, dentro da programação das vendas para o verão do Hemisfério Norte. O ambiente de diminuição da oferta de produtos em algumas regiões, em consequência do aumento de custo de grãos e energia, junto com os focos de influenza aviária no mundo, favoreceu a antecipação de compras por determinados destinos importadores.”
Exportações de carne de frango de janeiro a março
O Brasil exportou 1,3 milhão de toneladas desse tipo de proteína nos três primeiros meses de 2023. No mesmo intervalo de 2022, 1,1 milhão de toneladas. Ou seja: o resultado anual corresponde a um crescimento de 15%.
A diferença também aparece no faturamento, que saltou de US$ 2 bilhões para US$ 2,6 bilhões. Um incremento de 25% na arrecadação. Contudo, um outro fator contribuiu para o aumento na arrecadação.
Os números apresentados pela ABPA sobre as exportações de carne de frango em março revelam o aumento nos preços do produto brasileiro. Nos três primeiros meses de 2022, cada quilo foi vendido por US$ 1,8. A média valor praticado no primeiro trimestre de 2023 subiu para US$ 1,9, ou seja, uma valorização de 10%.
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