No Brasil, BNDES negocia um apoio emergencial
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês) vê riscos para a conectividade da América Latina com o resto do mundo diante dos recentes pedidos de recuperação judicial de aéreas da região.
O economista-chefe da entidade, Brian Pearce, disse nesta terça-feira, 9, que os governos devem continuar a oferecer apoio para o setor e que a “conectividade é essencial para uma recuperação econômica mais ampla”.
No final de maio, o grupo Latam e suas afiliadas no Chile, no Peru, na Colômbia, no Equador e nos Estados Unidos entraram com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos.
Foi a segunda aérea da América Latina a fazer a solicitação em meio à crise da pandemia da covid-19.
Semanas antes, a Avianca Holdings havia feito pedido similar.
No Brasil, em particular, o BNDES tem negociado com as três principais companhias aéreas do país, Gol, Azul e a operação brasileira da Latam, um apoio emergencial.
Projeções
A Associação Internacional de Transporte Aéreo não vê um retorno a lucratividade para as aéreas já em 2021, mas talvez apenas em 2022.
As projeções são de que o pior momento para as aéreas, em termos de demanda, deve ter sido atingido em abril, mas tudo ainda depende da evolução da pandemia nos próximos meses.
Segundo Pearce, a demanda tanto para tráfego de carga como de passageiros deve voltar a acelerar em 2021. Já no segmento de passageiros, porém, a demanda deve continuar abaixo dos níveis de 2019.
A expectativa da Iata para demanda no segmento de carga para o próximo ano é de crescimento de 25% ante 2020 e de 3% frente aos números de 2019. No segmento de passageiros, as projeções apontam para um aumento de 55% na demanda em 2021 ante 2020, mas queda de 29% ante 2019.
Com informações do Estadão Conteúdo.