Proposta do governo deve simplificar o atual sistema
A proposta de reforma tributária do governo federal não inclui imposto sobre grandes fortunas. É o que assegurou ontem o secretário da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto. De acordo com o secretário, países que adotaram essa medida acabaram recuando. “Na França, quando subiram esse imposto, inúmeros cidadãos ilustres transferiram sua cidadania”, observou ele no webinar da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil.
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O secretário garante que a proposta do Ministério da Economia se sustenta em três pilares: 1) criação de um sistema progressivo; 2) simplificação do sistema; 3) manutenção da atual carga tributária. Portanto, será preciso rever a isenção e demais incentivos tributários, que atualmente somam 4,5% do PIB (ou R$ 320 bilhões). Além disso, entre outras medidas para turbinar a economia está a privatização de 12 empresas estatais.
Enquanto isso, com meus 74 anos, aposentado pela iniciativa privada, com algo em torno de R$60.000,00 anuais, com plano de saúde para mim e esposa, pago IR, que deveria se chamar ISS (Imposto Sobre Salário). Que renda tenho eu para pagar IR?
Taxação de posse está descartada, contudo a taxação de Ganhos de capital certamente será aumentada para compensar a tentativa de redução no consumo e Pessoa Jurídica.
Sou um investidor em renda variável e afirmo com segurança: “NADA MAIS JUSTO DO QUE A INICIATIVA DE TAXAR DIVIDENDOS”.
Por que esse tipo de remuneração resultante de uma operação realizada no mercado de capital deveria ser isenta de impostos?
Pense bem, antes de afirmar que desestimularia o investimento no capital das empresas, lembre-se que esse fato é pontual e só ocorre no momento do IPO, depois dessa fase todas as transações são de mercado e não afetam mais ou não exercem nenhum efeito adicional no caixa das empresas.