Segundo divulgação do Banco Central (BC) nesta sexta-feira, 8, os saques na caderneta de poupança superaram os depósitos em R$ 3,305 bilhões em novembro. Em outubro, a captação líquida (diferença entre entradas e saídas) foi negativa em R$ 12,157 bilhões.
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Os brasileiros depositaram R$ 321.973 bilhões na poupança e sacaram R$ 326,752. Este valor é menor do que a retirada em novembro de 2022, quando a diferença havia sido de R$ 7.419 bilhões.
Durante o ano de 2023, a poupança tem tido uma série de resultados negativos. A única entrada líquida, de R$ 2.595 bi, aconteceu em junho, sendo que em janeiro houve a maior retirada líquida registrada, com R$ 33.631 bilhões.
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No acumulado total, a caderneta teve uma saída líquida de R$ 101.591 bilhões em todo o período de 2023. Em 2022, o resgate anual da série fora de R$ 103 bilhões.
Crédito imobiliário e rural tiveram saques líquidos de R$ 3.3 bi
Os recursos da poupança que tiveram como destino o crédito imobiliário e o crédito rural apresentaram um saque líquido de R$ 3.3 bi no mês de novembro. O saque com o imobiliário foi de R$ 1.8 bilhões, enquanto o rural foi de R$ 1.5 bilhões.
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Embora a caderneta tenha batido a inflação, entregou menos do que os certificados de depósito bancário (CDBs), letras de crédito imobiliário (LCIs) e os títulos públicos de 2023. A poupança ainda perdeu para todos os outros instrumentos de renda fixa no Brasil.
A aplicação vem perdendo recursos em série desde 2021, uma vez que sofreu com a inflação elevada, endividamento das famílias e a alta de juros.