Este é o sétimo corte consecutivo e teve como motivação a pandemia de coronavírus, que levou à queda da atividade econômica brasileira e da inflação
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) reduziu nesta quarta-feira, por unanimidade, a Selic, a taxa básica de juros, em 0,75 ponto porcentual, de 3,75% para 3% ao ano. É o sétimo corte consecutivo da taxa, após período de 16 meses de estabilidade. Com isso, a Selic chega a novo piso da série histórica do Copom, iniciada em junho de 1996.
O corte era esperado pelos economistas. Isso porque, com a pandemia do novo coronavírus, a atividade econômica despencou no Brasil assim como a inflação. A avaliação era de que a Selic seria novamente reduzida pelo BC para estimular a economia.
O Copom se reúne a cada 45 dias para definir a Selic, com o objetivo de cumprir a meta da inflação. A meta é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), órgão formado pelo Banco Central e Ministério da Economia.
Quando a inflação está alta ou há indicações de que ficará acima da meta, o Copom eleva a Selic. Dessa forma, os juros cobrados pelos bancos tendem a subir, encarecendo o crédito e freando o consumo, o que reduz o dinheiro em circulação na economia. Com isso, a inflação tende a cair.