A agência de classificação de risco S&P Global elevou nesta terça-feira, 19, o rating de escala de longo prazo do Brasil, passando de BB- para BB, mantendo a perspectiva estável.
Segundo a S&P Global, a elevação do rating foi motivada pela aprovação da reforma tributária, que marca um progresso na situação fiscal do país.
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Com essa nova avaliação, o Brasil está dois degraus abaixo do grau de investimento.
Histórico de reformas foi fundamental para elevar rating
Para a S&P Global, a aprovação da reforma amplia o histórico nacional de “política pragmática” nos últimos sete anos.
“Elevamos os ratings de longo prazo na escala global do Brasil após a recente aprovação de uma reforma tributária. Embora seja implementada gradualmente, a reforma representa uma revisão significativa do sistema tributário e provavelmente se traduzirá em ganhos de produtividade no longo prazo. A reforma vem juntar-se a um já extenso historial de reformas estruturais e microeconómicas desde 2016, o que, na nossa opinião, reflete um quadro institucional cada vez mais pragmático que ajuda a ancorar a estabilidade macroeconómica”, salientou a S&P Global.
A agência de classificação de risco destacou sua expectativa por novos progressos, embora lentos, na redução de desequilíbrios fiscais, na evolução de perspectivas econômicas e na reancoragem de expectativas da inflação.
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Todavia, para a S&P Global falta ao Brasil progresso na resolução dos gastos altos e ineficazes e que o governo Lula enviou sinais mistos sobre o compromisso com o novo arcabouço fiscal.
A agência ainda pontua que o Brasil deve manter uma posição externa forte, sustentada pela produção de commodities.
“A perspectiva estável reflete nossa expectativa de que o Brasil manterá uma posição externa forte, graças à forte produção de commodities e às limitadas necessidades de financiamento externo”, aparece no comunicado.
“Acreditamos também que a estrutura institucional do Brasil pode sustentar uma formulação de políticas estável e pragmática, baseada em extensos freios e contrapesos em todos os setores executivo, legislativo e judiciais do governo. Esperamos uma correção fiscal muito gradual, mas prevemos que os déficits fiscais permanecerão grandes”, salientou a S&P Global.
Graças a isso, e a política monetária sólida, levada adiante pelo Banco Central (BC), as expectativas de inflação estão mais sólidas.
S&P Global aponta riscos para o Brasil
Segundo a S&P Global, essa nota sobre o crédito soberano brasileiro poderá ser revista se a política fiscal do governo Lula não se demonstrar responsável.
“Poderemos reduzir os nossos ratings nos próximos dois anos se a má implementação da política levar a uma maior deterioração fiscal e a uma carga de dívida superior ao esperado. Uma deterioração na sinalização política também poderá reduzir os fluxos de investimento direto estrangeiro e, assim, enfraquecer a posição externa do Brasil“, salientou a S&P Global.
Enquanto a OCDE faz uma avaliação negativa sobre a economia destepaiz, essa agência de avalçiação econômica já diz o contrário. Ou se baseiam em dados defasados ou então deveriam combinar antes de emitir esses boletins. Quem está com a verdade, Barroso?