A marca japonesa Toshiba está voltando ao mercado brasileiro por meio de dois grupos chineses. O gigante Hisense comprou os direitos da marca em TVs e fez parceria com a brasileira Multilaser. Os aparelhos voltaram a ser vendidos no país em maio. Já a Midea Carrier vai lançar itens para a casa, como lavadoras e refrigeradores.
A linha de eletrodomésticos da Toshiba foi adquirida pela Midea Carrier há cinco anos, com o objetivo de aumentar a presença no segmento. Mas é só neste momento que a linha está sendo trazida para o Brasil. As apostas da companhia são em três categorias — micro-ondas, refrigeradores e máquinas do tipo lava e seca — e miram os consumidores de alto padrão.
Atualmente, os eletrodomésticos da companhia — como robôs aspiradores de pó, fritadeiras sem óleo, geladeiras e purificadores de ar — ficam sob a marca Midea. “Queremos usar a marca Midea no nível intermediário, e a Toshiba vai para os produtos premium”, disse o executivo.
Dessa forma, a empresa pretende que seu faturamento se multiplique nos próximos anos, além de estar entre as três principais forças do setor até 2025. Segundo as previsões da companhia, o faturamento de 2021 será acima dos R$ 3 bilhões, um crescimento de 20% em relação ao do ano passado (R$ 2,5 bilhões), sendo 30% da receita proveniente de eletrodomésticos. Em 2020, 20% foram relacionados às vendas do segmento.
Televisões
As televisões Toshiba, que voltaram a ser comercializadas no Brasil em maio, são uma parceria do gigante chinês Hisense, detentor dos direitos da marca japonesa em TVs, com a brasileira Multilaser, e também posiciona a Toshiba como marca premium. De acordo com Eduardo Tomiya, CEO da TM20 Branding, “a marca Toshiba é forte e tem grandes atributos. Mas, como ela será controlada por dois grupos diferentes, é importante que tenham consistência entre si, senão o consumidor não vai entender”.
Toshiba
Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, na época em que vendeu suas operações de eletrônicos e eletrodomésticos, o conglomerado japonês Toshiba estava em grave crise, devido a manipulações contábeis em sua área de energia nuclear. Como resultado, vários de seus negócios foram vendidos para diluir os prejuízos bilionários.
Leia também: “Vendas no varejo surpreendem e têm maior alta para abril desde 2000”