No dia 14 de setembro de 1867, era publicado O Capital, principal obra do intelectual comunista alemão Karl Marx.
O livro é uma pesquisa da origem e das práticas das atividades econômicas e da sociedade capitalista. Seu objeto era, como exposto no prefácio de seu primeiro volume, “revelar a lei econômica do movimento da sociedade moderna”.
Além disso, o raciocínio de O Capital desviava da grande maioria dos economistas de sua época, por enxergar o capitalismo através do ponto de vista do trabalhador em vez do produtor. Nenhuma das ideias ali expostas obteve êxito nos países que tentaram aplicá-las.
Para o alemão, o capitalismo era um sistema passageiro cujas contradições internas o levariam à queda e à sua substituição por outro modelo econômico.
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“Os donos do capital estimularão a classe trabalhadora para que comprem mais e mais bens de consumo, casas, tecnologia, fazendo-os dever cada vez mais, até que a dívida se torne insuportável. O débito não pago da dívida levará os bancos à falência, porque terão que ser nacionalizados e o Estado dirigir a economia.”
Para o economista, o fim do capitalismo levará à vitória do comunismo, que, segundo ele, supostamente libertará a classe trabalhadora da exploração burguesa.
Conceitos do livro
No livro, Marx apresenta conceitos fundamentais para entender sua obra, como mais-valia, acumulação primitiva e capital constante, entre outros.
Talvez a mais conhecida de suas teorias, a mais-valia significa a diferença entre o valor gerado pelo trabalho de um operário e o salário que ele embolsa. Para ele, trata-se de uma forma de exploração sobre a classe trabalhadora, pois o funcionário trabalha mais horas do que o suficiente para receber. Essa ideia foi refutada por intelectuais da Escola Austríaca da Economia.
O impacto de O Capital
Fruto de 15 anos de estudos, apenas o primeiro de três volumes do livro foi publicado durante a vida de Karl Marx. Os demais vieram à luz postumamente por Friedrich Engels, seu amigo, colaborador e financiador.
De lá para cá, a obra serviu de conceito e base teórica para grandes revoluções em todo o mundo, bem como para a criação de regimes de governo socialistas.