O ilustrador norte-americano Charles Dana Gibson nasceu em 14 de setembro de 1867, em Roxbury, Massachussets. Ele fez em seu ofício algo parecido com que os brasileiros Vinícius de Morais e Tom Jobim fariam séculos depois.
Gibson personificou a beleza da mulher norte-americana com a icônica imagem da Gibson Girl. Uma espécie de Garota de Ipanema (música composta em 1962), mas sem o mesmo aspecto sensual. A ideia era mostrar uma nova geração de mulheres elegantes, belas e independentes.
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Desde jovem, Gibson demonstrou interesse e habilidade para o desenho, o que o levou a estudar arte em Nova York. Sua dedicação e técnica o tornaram rapidamente um colaborador de prestígio em diversas publicações de grande circulação da época.
Entre elas estão a Life, Scribner’s, Harper’s e Century, revistas populares no fim do século 19, dos quais 80% dos leitores eram mulheres.
Gibson ficou famoso por seus retratos detalhados. A icônica Gibson Girl se tornou uma representação idealizada da mulher norte-americana na virada do século. Com seus traços refinados e elegantes, ele definiu um padrão de beleza feminino que se tornou reconhecido e imitado.
Nova mulher norte-americana de Charles Gibson
A Gibson Girl passou a ser vista como o símbolo de uma nova mulher norte-americana: confiante, independente e sofisticada. Esse ideal foi replicado em toda a mídia da época. E consolidou Gibson como um dos principais ilustradores de seu tempo. Seu estilo combinava simplicidade com uma riqueza de detalhes, referência para outros artistas.
Mas não foi somente o público feminino o alvo de suas atenções. Os desenhos de Gibson frequentemente satirizavam a alta sociedade local. Isso comprovava seu talento para o humor refinado, que também contribuiu para sua popularidade.
Gibson foi um dos artistas mais bem pagos de sua época, uma raridade no campo da ilustração. Ele continuou a trabalhar ao longo da vida, com desenhos que influenciavam gerações futuras de ilustradores, até morrer em 23 de dezembro de 1944, em Nova York.
Vários livros foram publicados sobre a vida do ilustrador. Um deles é recente, intitulado Além da Garota Gibson: Reimaginando a Nova Mulher Americana, escrito por Martha H. Patterson. Essa nova mulher, para Gibson, também era a coisa mais linda, mais cheia de graça.