Em 15 de outubro de 1917, Mata Hari foi executada por um pelotão de fuzilamento francês, depois de ser acusada de espionagem durante a Primeira Guerra Mundial. Embora sua atividade como agente dupla nunca tenha sido completamente esclarecida, ela se tornou um símbolo icônico de uma espiã sedutora e misteriosa.
Sua condenação foi, em grande parte, baseada em acusações de que estaria repassando informações ao governo alemão, mas muitos historiadores modernos questionam a força das provas apresentadas contra ela.
Nascida em 7 de agosto de 1876, na Holanda, com o nome de Margaretha Geertruida Zelle, Mata Hari casou-se aos 19 anos com um oficial escocês, Rudolf MacLeod, e se mudou com ele para as Índias Orientais Holandesas (Java e Sumatra). No entanto, o relacionamento foi turbulento, e depois de voltar para a Europa em 1902, o casal se separou.
Em 1905, começou a dançar profissionalmente em Paris, inicialmente sob o nome de Lady MacLeod, mas logo adotou o pseudônimo Mata Hari, que em malaio significa “olho do dia” ou “sol”. Com sua presença alta e atraente, suas apresentações de danças exóticas, que incorporavam elementos da cultura javanesa e indiana, ganharam rapidamente grande popularidade.
Sua disposição de se apresentar com pouca roupa contribuiu para seu status de celebridade, e ela fez sucesso não apenas em Paris, mas também em várias outras cidades europeias.
Mata Hari e as acusações de espionagem
Ao longo de sua vida, Mata Hari teve muitos amantes influentes, incluindo oficiais militares de diversas nacionalidades, o que a colocou sob suspeita de espionagem quando eclodiu a Primeira Guerra Mundial.
A acusação era de que ela teria atuado como agente dupla, passando informações tanto para a Alemanha quanto para a França, embora os detalhes de sua suposta espionagem permaneçam envoltos em controvérsia.
Segundo algumas fontes, o julgamento foi politicamente motivado, com a França precisando de um bode expiatório para suas falhas militares na guerra.
Desde então, muitos historiadores argumentam que a evidência contra Mata Hari foi insuficiente e que ela foi usada como uma “cabeça para cortar” em um momento de paranoia e necessidade de justificar derrotas militares.
Representações na cultura popular
Mata Hari teve diversas representações na cultura pop, destacando-se principalmente no cinema e na literatura. No filme Mata Hari (1931), estrelado por Greta Garbo, sua imagem como espiã sedutora e misteriosa foi imortalizada, sendo uma das representações mais icônicas.
Outra versão importante foi o filme Mata Hari, Agent H21 (1964), com Jeanne Moreau, que enfatiza seu papel de espiã durante a Primeira Guerra Mundial. Na literatura, obras como The Spy de Paulo Coelho e Mata Hari’s Last Dance (2016) de Michelle Moran oferecem narrativas ficcionais baseadas em sua vida, focando nos seus últimos dias e refletindo sobre sua figura enigmática.
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