Em 17 de outubro de 1847, nasceu, no Rio de Janeiro, Chiquinha Gonzaga, a primeira maestrina brasileira e compositora de músicas carnavalescas.
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Ela se notabilizou por integrar a música popular aos salões aristocráticos de seu tempo. Além disso, fundou a primeira sociedade para a proteção dos direitos autorais no Brasil.
A busca por independência
Chiquinha Gonzaga casou aos 16 anos com Jacinto Ribeiro do Amaral, um oficial da Marinha Mercante. O matrimônio foi arranjado pelos pais dela. Contudo, o casamento não durou muito tempo. Logo, ela o abandonou para buscar a independência.
![Capa de partitura de Chiquinha Gonzaga feita por Bordalo, em 1877 | Foto: Reprodução/Wikimedia Commons](https://medias.revistaoeste.com/wp-content/uploads/2024/10/Composicoes-Chiquinha-Gonzaga.jpg)
Em 1877, estreou como compositora com a música Atraente. O trabalho, contudo, a fez enfrentar preconceitos por desafiar normas sociais vigentes da época.
Contribuições de Chiquinha Gonzaga para a abolição da escravatura
Além de ser artista, maestrina foi ativa na luta pela abolição da escravatura no Brasil. Ela vendia partituras para financiar a Confederação Libertadora. Além disso, comprou a liberdade de José Flauta, um escravo músico.
![Chiquinha Gonzaga, aos 18 anos | Foto: Reprodução/Wikimedia Commons](https://medias.revistaoeste.com/wp-content/uploads/2024/10/Chiquinha-Gonzaga-aos-18-anos.jpg)
Chiquinha Gonzaga também apoiou causas republicanas e sociais. Em 1899, compôs Ó Abre Alas, a primeira marcha-rancho e ícone do carnaval brasileiro.
No início do século 20, a compositora passou algumas temporadas na Europa. Ela residiu em Lisboa por três anos. Sua obra inclui partituras teatrais e centenas de músicas em diversos estilos, como polca, tango brasileiro, valsa e modinha. Chiquinha Gonzaga morreu aos 87 anos, em 28 de fevereiro de 1935, no Rio de Janeiro.