O movimento Ocupe Wall Street (OWS) começou em 17 de setembro de 2011, no Zuccotti Park, distrito financeiro de Nova York.
O protesto se apresentou como uma grande mobilização contra a suposta desigualdade econômica e a influência das corporações sobre o governo. Entretanto, as propostas e táticas do movimento foram duramente criticadas por falta de clareza e eficácia.
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Organizado pela revista comunista Adbusters, o protesto tentou se inspirar em movimentos democráticos do Oriente Médio, mas logo revelou suas limitações ao enfrentar questões complexas, como a economia e política norte-americanas. Uma das principais críticas ao movimento foi a ausência de liderança clara e de objetivos definidos.
Embora tenha se popularizado com o slogan “Nós somos os 99%”, referindo-se à suposta desigualdade entre a população em geral e o 1% mais rico, o OWS não conseguiu articular soluções concretas para os problemas que apontava.
A crítica à “ganância corporativa” e à influência das grandes empresas no governo, embora legítima em alguns aspectos, foi vista como simplista e sem base prática para mudanças reais.
Os críticos também apontaram contradição nas reivindicações do movimento, que, ao mesmo tempo que protestava contra a influência de grandes corporações, dependia de tecnologias e estruturas criadas por essas mesmas empresas.
As ocupações prolongadas de espaços públicos, como o Zuccotti Park, e o bloqueio de atividades econômicas em diversas cidades dos Estados Unidos foram interpretados como ações de desobediência civil que geraram mais transtornos do que avanços.
Além disso, ao se espalhar para outras cidades, como Boston, Chicago e Los Angeles, o movimento perdeu o foco inicial e se fragmentou em várias causas e interesses, o que dificultou ainda mais a obtenção de resultados concretos.
Ocupe Wall Street perdeu força
Para muitos críticos, o OWS não passou de uma expressão de descontentamento que, apesar de atrair atenção, falhou em propor soluções práticas ou em pressionar mudanças políticas efetivas.
A remoção dos manifestantes do Zuccotti Park, em novembro de 2011, marcou o início da dispersão do movimento. Embora os participantes tenham tentado manter o ímpeto com novas ocupações em bancos e universidades, o protesto perdeu relevância gradualmente.
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Apesar do impacto inicial, o Ocupe Wall Street acabou sendo visto como um exemplo de mobilização que gerou mais caos do que soluções, sem deixar um legado claro ou transformações duradouras, seja na política ou na economia.