No dia 19 de outubro de 1899, nasceu na Guatemala o escritor Miguel Ángel Asturias. Além da literatura, ele se destacou na carreira de diplomata. Asturias teve uma das vozes mais importantes na escrita latino-americana do século 20.
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Em 1967, o guatemalteco recebeu o Prêmio Nobel de Literatura, reconhecimento por sua contribuição à cultura e às tradições indígenas de seu país.
Na década de 1920, Asturias começo a formação acadêmica em medicina e Direito na Guatemala. No entanto, o interesse pelas culturas indígenas o levou a estudar Antropologia na Universidade de Sorbonne, em Paris.
Durante a estadia na França, dedicou-se ao estudo da sociedade e da religião Maia, o que o levou a traduzir o Popol Vuh, o livro sagrado dos maias Quiché. Essa obra é uma das contribuições mais importantes de Asturias para a preservação das tradições indígenas, pois introduziu muitos leitores ao universo Maia.
O contato com as raízes culturais de sua terra natal influenciou profundamente a produção literária de Miguel Ángel Asturias. O escritor sempre focou em temas como a mitologia.
Em 1942, Asturias foi eleito deputado e passou a atuar ativamente na política guatemalteca. Mais tarde, tornou-se embaixador em diversos países da América do Sul e representou seu país em importantes arenas diplomáticas.
Mesmo durante a carreira política, o autor continuou a produzir obras que abordavam as tensões sociais e políticas da América Latina. Ele utilizou o realismo mágico para retratar a complexidade da realidade indígena e a luta contra a opressão.
As principais obras de Miguel Ángel Asturias Rosales
Entre as principais obras literárias de Miguel Ángel Asturias estão Lendas da Guatemala (1930) e O Senhor Presidente (1946). Asturias também criou Homens do Milho (1949), Vento Forte (1950), Mulata de Tal (1963) e Maladrón (1969).
As obras misturam mitologia, crítica social e surrealismo, elementos que marcaram estilo único. Miguel Ángel Asturias morreu no dia 9 de junho de 1974. O escritor deixou um legado que continua a inspirar escritores e estudiosos da literatura latino-americana.