No dia 20 de outubro de 1947, o Brasil rompeu relações diplomáticas com a União Soviética. O corte ocorreu depois de um incidente polêmico em Moscou, onde as autoridades prenderam um diplomata brasileiro sob a acusação de arruaça e embriaguez.
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O governo brasileiro, no entanto, afirmou que os socialistas armaram toda a situação para criar tensões. O episódio marcou o estopim de uma relação que já estava deteriorada havia algum tempo.
Nos meses anteriores, houve um clima de tensão entre os dois países. Em maio daquele ano, o Brasil havia cancelado o registro do Partido Comunista Brasileiro, que enfrentava uma crescente repressão.
Os jornalistas soviéticos ofenderam diretamente o presidente Eurico Gaspar Dutra. Além disso, criticou o Exército brasileiro e a Força Expedicionária Brasileira, que havia lutado na Segunda Guerra Mundial ao lado das forças aliadas.
As tensões entre o Brasil e a União Soviética aumentaram durante a Guerra Fria
Esses ataques da União Soviética não ocorreram isoladamente. No contexto internacional, a Guerra Fria moldava as relações entre as nações. O mundo se dividia em dois blocos: o capitalista, liderado pelos Estados Unidos, e o comunista, sob a influência da União Soviética.
O Brasil, sob o governo de Dutra, alinhou-se ao bloco ocidental. Assim, a ruptura com os comunistas tornou-se quase inevitável, diante da crescente desconfiança mútua. O governo brasileiro viu no rompimento uma forma de reafirmar a postura anticomunista e garantir o apoio dos Estados Unidos.
As relações entre Brasil e União Soviética só seriam restabelecidas muitos anos depois, em 1961, quando Jânio Quadros chegou ao poder.
Jânio, com uma política externa mais independente, buscou reaproximar o Brasil das nações socialistas. O restabelecimento marcou o fim de uma era de afastamento e permitiu uma nova fase nas relações bilaterais.
Apesar disso, o rompimento de 1947 permaneceu um evento simbólico. O evento reflete as fortes tensões políticas e ideológicas do período posterior à Segunda Guerra Mundial e o começo da Guerra Fria.
É …………..foi providencial a queda do Lula e a recomendação de não viajar. Imagino que indo para a Rússia poderia, como de costume abusar da bebida alcoólica e provocar novo incidente diplomático entre Brasil e Rússia.
Bem lembrado.