Em 21 de outubro de 1889, morreu, em Petrópolis (RJ), Irineu Evangelista de Sousa, o Visconde de Mauá. Ele se destacou na história do Brasil como um dos primeiros grandes industriais. Foi um pioneiro na modernização econômica do país em diversas áreas.
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Nascido em Arroio Grande (RS), em 28 de dezembro de 1813, Visconde de Mauá tornou-se figura emblemática do capitalismo na América do Sul.
Durante o Império, introduziu no Brasil máquinas da Revolução Industrial, usadas na Europa e nos Estados Unidos. Com isso, ele impulsionou a modernização industrial no país.
Visconde de Mauá e a luta contra a escravidão
Opositor fervoroso da escravidão e do tráfico de escravos, Visconde de Mauá acreditava que o progresso do Brasil dependia do comércio livre e da mão de obra assalariada. A abolição da escravatura ocorreu, oficialmente, em 1888, com a Lei Áurea.
Em 1860, no auge de sua carreira empresarial, Visconde de Mauá controlava 17 empresas em países como Brasil, Uruguai, Argentina, Inglaterra, França e EUA. Em 1867, sua fortuna era estimada em 155 mil contos de réis, superando o orçamento do Império, que era de 97 mil contos de réis.
Entre suas conquistas estão:
- Primeira fundição de ferro e estaleiro do Brasil;
- Construção da estrada de ferro Mauá;
- Exploração de rios como o Amazonas e Guaíba;
- Iluminação pública a gás no Rio de Janeiro;
- Primeiro Banco do Brasil; e
- O cabo submarino telegráfico, que ligava a América do Sul à Europa.
Desafios políticos e financeiros
Apesar de suas realizações, as posições políticas de Mauá lhe custaram caro. Ele financiou a defesa de Montevidéu contra o desejo do Império de intervir nas questões platinas e se opôs à Guerra do Paraguai.
Além disso, a redução de taxas de importação abalou seus negócios, o que levou à falência do Banco Mauá, em 1875. Para saldar dívidas, precisou vender parte de suas empresas e bens pessoais. Ele trabalhou com corretagem de café até sua morte, pouco antes da queda do Império no Brasil.
Um visionário, homem culto e do bem. Onde já se viu apoiar a exploração de pessoas, escravizar, comprar gente?
Muito embora hoje exista ainda a “exploração” de pessoas em troca de trabalho.
Mas naquele tempo era uma classe somente, os Negros! Que eram considerados como mão de obra barata, para serviços pesados.
Muito boa a atitude desse gaúcho. Aliás, o Brasil hoje se fosse uma Monarquia estaria melhor do que essa bagunça que aí está!
Muito grato ao Barão de Mauá!
Senhor Irineu Evangelista de Sousa.