Em 21 de outubro de 1807, os reinos de Portugal e da Grã-Bretanha firmaram um acordo secreto que marcaria a história brasileira.
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Conhecido como a Convenção Secreta sobre a Transferência da Monarquia Portuguesa para o Brasil, o pacto previa o exílio do príncipe regente Dom João VI no território brasileiro.
Os governos dos dois países também discutiram a ocupação temporária da Ilha da Madeira, na costa oeste da África, por tropas britânicas.
O acordo foi celebrado em Londres, na Inglaterra. À época, o Exército de Napoleão Bonaparte avançava pela Espanha, com fortes ameaças a Portugal.
O acordo secreto em Londres e a aliança entre Inglaterra e Portugal
Além da aliança estratégica, Portugal e Inglaterra firmaram outros interesses. Durante a travessia, que trouxe a família real portuguesa ao Brasil, em 1808, navios britânicos navegaram junto, com o objetivo de proteger as embarcações de Portugal.
Além disso, os britânicos tinham interesses financeiros ao firmar o acordo. Um exemplo foi a aceitação de Portugal em abrir os portos brasileiros ao comércio de mercadorias inglesas. Esse plano fortaleceu a relação entre os dois países durante a Monarquia brasileira.
O acordo não só marcou uma importante fase na história do Brasil, como também reforçou a presença britânica na região, em um momento crucial do cenário europeu.
Influência de Napoleão no estabelecimento da monarquia brasileira
A influência de Napoleão no estabelecimento da monarquia brasileira envolve vários aspectos históricos. A principal conexão se dá pela invasão das tropas napoleônicas em Portugal, em 1807. Isso forçou a família real portuguesa a exilar-se no Brasil.
A influência de Napoleão é um exemplo de como eventos internacionais podem moldar a política e a sociedade de países distantes.
Ao chegar no Rio de Janeiro, o príncipe regente Dom João VI elevou a cidade ao status de capital do Império de Portugal. A chegada da Corte Portuguesa trouxe uma série de reformas administrativas e culturais ao país.
Brasil deixou de ser colônia
Com isso, o Brasil passou a ser visto como uma parte integral do Império Português, não apenas uma colônia. O príncipe criou várias instituições, e a infraestrutura começou a desenvolver-se mais rapidamente.
No entanto, a posterior volta de Dom João VI a Portugal, em 1821, gerou tensões. A falta de um governante e a necessidade de autonomia levaram a movimentos que culminaram na secessão do Reino Unido do Brasil, Portugal e Algarves, conhecido hoje como Independência. Depois disso, Dom Pedro I, filho de Dom João VI, tornou-se o primeiro imperador do Brasil.