O Concorde realizou seu último voo comercial de passageiros em 24 de outubro de 2003, encerrando uma era na aviação civil, relata o History Channel Brasil. O jato supersônico da British Airways partiu do Aeroporto JFK, em Nova York, com destino ao Aeroporto de Heathrow, em Londres.
A bordo estavam 100 passageiros, entre eles um casal de Ohio, que teria pago US$ 60 mil pelos bilhetes em um leilão no eBay. O valor comum de uma passagem de ida e volta no Concorde girava em torno de US$ 9 mil, mas o prestígio do voo final elevou o preço.
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A chegada do avião foi recebida por uma grande multidão em Londres, ao mesmo tempo que outros dois voos do Concorde pousavam, vindos de Edimburgo e do Golfo de Biscaia.
Imponência e velocidade do Concorde
Desenvolvido em parceria pelos governos britânico e francês, o Concorde entrou em operação comercial em janeiro de 1976. Ele revolucionou o transporte aéreo ao reduzir o tempo de voo entre Nova York e Londres para cerca de três horas e meia, graças à sua velocidade de 1.755 km/h.
O jato era símbolo de status, luxo e tecnologia de ponta e atraía passageiros de alto perfil, entre eles celebridades e chefes de Estado. No entanto, enfrentava críticas devido ao barulho intenso e ao impacto ambiental causado por suas operações.
A trajetória do Concorde foi marcada por um acidente grave em 25 de julho de 2000, quando um avião da Air France caiu logo após decolar em Paris, resultando na morte de 113 pessoas.
Esse incidente abalou a reputação do jato e levou à suspensão temporária dos voos. A British Airways justificou o encerramento definitivo das operações em 2003 pelo aumento nos custos operacionais e pela queda na demanda. A Air France já havia interrompido seus voos com o Concorde em maio do mesmo ano.
O fim do Concorde representou o término de uma era gloriosa na aviação, mas a imponência, a velocidade e o glamour desta aeronave ainda despertam fascínio.