Jacques Chirac, ex-presidente da França, morreu no dia 26 de setembro de 2019, aos 86 anos. O político, que governou o país de 1995 a 2007, estava cercado por seus entes queridos em seus últimos momentos. A causa da morte de um dos líderes mais longevos da História recente da França não foi divulgada.
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Nascido em Paris, Chirac teve uma juventude marcada por afinidades com ideais comunistas, mas tornou-se um liberal mais tarde, na década de 1980.
Em 1956, casou-se com Bernadette Chodron de Courcel e, no mesmo ano, cumpriu serviço militar na Argélia. Em 1957, ingressou na renomada Escola Nacional de Administração, onde se graduou e começou a solidificar sua formação política e administrativa.
Começo da carreira política
Chirac iniciou sua carreira política em 1965, como membro do conselho municipal de Sainte-Féréole, em Corrèze. Posteriormente, elegeu-se deputado e, entre 1967 e 1975, ocupou diversos ministérios em governos diferentes. Em 1974, ocupou o cargo de primeiro-ministro.
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De 1977 até 1995, foi prefeito de Paris, um dos períodos mais longos à frente da capital francesa. Em 1995, Chirac foi venceu a campanha eleitoral para a Presidência da França. Seu governo foi marcado por políticas econômicas dirigistas, onde o Estado desempenhava um papel central na condução dos investimentos.
Realizações e desafios do governo Chirac
Chirac também se destacou por sua firme oposição ao ataque liderado pelos Estados Unidos ao Iraque, em 2003. Também, por reconhecer e se desculpar oficialmente pelo papel do governo francês na deportação de 76 mil judeus para campos de concentração nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
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Outro marco de seu governo foi a redução do mandato presidencial de sete para cinco anos, aprovada por meio de um referendo em 2000.
Chirac conseguiu se reeleger em 2002, mas seu segundo mandato teve uma baixa popularidade. Em setembro de 2005, sofreu um derrame, que agravou seus problemas de saúde.
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Depois de deixar a Presidência, em maio de 2007, Chirac foi hospitalizado várias vezes. Ele sofria de perda de memória relacionada ao mal de Alzheimer. A última aparição do político foi em 2014.
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