Em 3 de outubro de 2005, morreu no Rio de Janeiro Emília Savana da Silva Borba, mais conhecida como Emilinha Borba, uma das maiores estrelas da Era de Ouro do rádio brasileiro.
Nascida em 31 de agosto de 1923, Emilinha construiu uma carreira de grande sucesso, sendo coroada como Rainha do Rádio em 1953. O título simbolizava a popularidade da cantora junto ao público.
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Ao longo da carreira, ela gravou 117 discos em 78 RPM, 89 Long Plays (LPs), 71 compactos e 27 CDs, o que a consolidou como uma das artistas mais prolíficas da época.
Emilinha demonstrou talento musical desde a infância: venceu o primeiro prêmio aos 14 anos na Rádio Cruzeiro do Sul.
Pouco tempo depois, conquistou nota máxima no famoso programa Calouros de Ary Barroso, o que a colocou no radar da indústria musical. A partir daí, passou a fazer parte dos coros das gravações da Columbia.
No final da década de 1930, formou a dupla As Moreninhas com a cantora Bidú Reis. Juntas, as duas se apresentaram em rádios por cerca de um ano e meio.
Depois do fim da parceria com Bidú, Emilinha seguiu carreira solo e foi contratada pela Rádio Mayrink Veiga, onde ganhou o apelido de Garota Grau Dez.
Em 1939, gravou seu primeiro disco e foi levada por Carmen Miranda, sua madrinha artística, para fazer um teste no famoso Cassino da Urca. Aprovada, tornou-se uma das principais atrações da casa, o que a projetou ainda mais no cenário musical e artístico.
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No mesmo ano, fez sua estreia no cinema no filme Banana da Terra, ao lado de grandes nomes como Carmen Miranda e Oscarito.
Emilinha Borba brilhou na Rádio Nacional
Emilinha viveu o auge de sua carreira na Rádio Nacional, onde permaneceu por 27 anos, de 1943 a 1970, e se tornou um ícone da música popular brasileira. Em 1953, foi coroada Rainha do Rádio depois de uma votação popular.
Em 1968, a cantora enfrentou problemas de saúde e foi diagnosticada com um edema nas cordas vocais. Depois de passar por três cirurgias e por um longo período de reeducação vocal, ela conseguiu retomar a carreira em 1972.
Em 2003, depois de 22 anos sem lançar trabalho solo, Emilinha lançou o CD Emilinha Pinta e Borba, com a participação de diversos artistas.
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Emilinha Borba faleceu aos 82 anos, vítima de um infarto fulminante, enquanto almoçava em seu apartamento em Copacabana, no Rio de Janeiro.