Em 30 de setembro de 1968, morreu no Rio de Janeiro o escritor, radialista e compositor Sérgio Marcus Rangel, mais conhecido como Stanislaw Ponte Preta.
Ele mantinha uma rotina intensa: escreveu para TV, rádio, jornais e revistas, além de se dedicar aos próprios livros. Por causa dessa exaustiva jornada, Stanislaw, que sofria de problemas cardíacos, morreu de ataque cardíaco aos 45 anos.
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Boêmio e dotado de um admirável senso de humor, sua memória foi celebrada em 1969, quando um grupo de jornalistas e intelectuais fundou o semanário O Pasquim. Essa publicação se tornou um marco na imprensa alternativa brasileira.
A vida de Stanislaw Ponte Preta
Stanislaw Ponte Preta começou a carreira como redator e, na década de 1940, ganhou notoriedade ao publicar suas crônicas no jornal A Última Hora. Seu estilo era marcado pela sátira mordaz e pela habilidade de transformar temas sérios em algo acessível e divertido. Ele utilizava a linguagem coloquial e uma abordagem leve para discutir questões sociais, políticas e culturais, de modo a tornar suas observações ainda mais impactantes.
Uma de suas obras mais famosas, Cuidado com o Dogma (1968), é uma coletânea de crônicas que aborda o cotidiano brasileiro, a corrupção e a hipocrisia da sociedade. O livro reflete o contexto político da época, marcado pelo regime militar. Stanislaw Ponte Preta utiliza o humor como uma forma de resistência, permitindo que os leitores riam, mas também reflitam sobre as realidades duras do Brasil.
Ele criou personagens históricos, como o “Doutor” e a “Tia”, que se tornaram parte do imaginário popular. Esses personagens eram representações caricatas da sociedade, capazes de expor vícios e comportamentos típicos dos brasileiros. Suas crônicas eram muitas vezes pontuadas por diálogos engraçados e situações absurdas, o que tornava a leitura leve, mas não menos crítica. Stanislaw Ponte Preta faleceu em 30 de setembro de 1968.
Se não me engano, o nome completo da “Tia” criada por Stanislaw Ponte Preta era “Tia Zulmira”.