Em 5 de outubro de 1942, o Brasil, então presidido por Getúlio Vargas, passava a usar o Cruzeiro como moeda do país, conforme um decreto-lei (nº 4.791) que entraria para a história.
Era a primeira vez que a economia do país fazia uma mudança em seu padrão monetário. Com a novidade, um cruzeiro equivalia a mil réis. A moeda instituída por Getúlio vigorou até fevereiro de 1967.
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A partir dali, o Cruzeiro foi substituído pelo padrão transitório Cruzeiro Novo, em razão das taxas inflacionárias. O Cruzeiro Novo correspondia a mil cruzeiros “antigos”.
Em maio de 1970, o Cruzeiro retornou e circulou até fevereiro de 1986, quando foi trocado pelo Cruzado sob o governo de José Sarney. Mais uma vez, em razão da inflação, a moeda mudou-se, de maneira provisória, para Cruzado Novo, em 1989.
Uma história de mudanças
Historicamente, a moeda Cruzeiro constrói-se em várias edições. A primeira compreendeu o período de 1º de novembro de 1942 a 12 de fevereiro de 1967. A segunda abrangeu o intervalo entre 15 de maio de 1970 a 27 de fevereiro de 1986.
A moeda passaria, ainda, por uma terceira edição, que vai de 16 de março de 1990 a 31 de julho de 1993. Durante o governo de Fernando Collor, o Cruzeiro retornou como unidade monetária nacional, mantendo, contudo, a equivalência com o padrão anterior.
Como nasceu o nome Cruzeiro
O Cruzeiro ainda se converteria em Cruzeiro Real, em uma transição que permitiu à economia brasileira a adoção da URV, a Unidade Real de Valor, que abriu espaço para a instituição do que é hoje o Real.
Em novembro de 1926, o economista Carlos Inglês de Sousa fez a primeira sugestão de Cruzeiro para nome de moeda no Brasil. A proposta surgiu baseada no seu livro Restauração da Moeda no Brasil.
Sousa sugeriu substituir a unidade mil-réis pela de Cruzeiro. Esta foi a primeira referência direta e documentada ao nome Cruzeiro como título de moeda de substituição ao mil-réis, então em circulação.