Em 6 de outubro de 1927, o cinema viu uma transformação radical com a estreia de O Cantor de Jazz, em Nova York.
Dirigido por Alan Crosland, o filme é considerado o primeiro longa-metragem a sincronizar falas e cantos com discos de acetato. A obra marcou o fim da era dos filmes mudos. A partir daquela data, passou-se a produzir filmes falados.
Al Jolson, estrela da película produzida pela Warner Bros, entrou para a história como o primeiro ator a falar e a cantar em um longa-metragem.
O Cantor de Jazz recebeu um Oscar
O filme se baseia na peça homônima, um sucesso da Broadway na época. O Cantor de Jazz recebeu um Oscar por melhor roteiro adaptado.
O Cantor de Jazz usava um sistema de som chamado Vitaphone. A trilha sonora tinha apenas 354 palavras, o que totalizava apenas dois minutos de conversas sincronizadas, quase todas improvidas.
Estreia do filme
O restante do diálogo é apresentado por meio de legendas, como já era padrão nos filmes mudos da época. Segundo relatos, durante a estreia do filme, os espectadores que estavam na plateia se surpreenderam com a novidade.
De repente, o rosto de Al Jolson apareceu em grande close com a seguinte fala: “Espere um minuto, espere um minuto”, disse. “Você ainda não ouviu nada.” Conta-se que a plateia ficou estupefata ao ver e ouvir alguém falar em um filme pela primeira vez.
Muitas estrelas do cinema, contudo, não conseguiram adaptar-se à novidade. Eles não se acostumaram porque o novo formato exigia naturalidade na interpretação do personagem no lugar dos gestos e das expressões faciais.