No dia 7 de setembro de 1977, foi assinado um acordo entre os Estados Unidos e o Panamá que devolveria ao país centro-americano o controle do Canal do Panamá.
Presidente norte-americano à época, Jimmy Carter, e o líder panamenho, Omar Torrijos, formalizaram o tratado em uma cerimônia na sede da Organização dos Estados Americanos, em Washington, D.C.
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O Canal do Panamá, uma rota importante para o comércio mundial, estava sob controle dos EUA desde a inauguração, em 1914.
A construção do canal, que liga o Oceano Atlântico ao Pacífico, foi um dos grandes projetos de engenharia do século 20 e desempenhou um papel relevante na economia e na geopolítica.
Para o Panamá, a administração estrangeira de uma estrutura essencial para a soberania do país era vista como uma questão de autonomia nacional.
Retomada do Canal do Panamá era desejo antigo
Desde o início do século 20, o desejo de reassumir o controle sobre o canal se tornou uma reivindicação crescente entre os panamenhos. Protestos e negociações ao longo das décadas mostravam a insatisfação popular e o movimento político no país.
A assinatura do acordo, em 1977, foi o resultado de um longo processo de diálogos e pressões diplomáticas.
O tratado estabeleceu um período de transição de 22 anos, ao final do qual, em 31 de dezembro de 1999, o Panamá assumiria a operação e a administração do canal.
O acordo representou um resultado diplomático para o governo de Torrijos e uma nova fase nas relações entre os Estados Unidos e a América Latina, com a promessa de respeito à soberania e à cooperação.
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A transferência do controle do Canal do Panamá permitiu ao país exercer autoridade sobre seu território e um dos mais importantes corredores marítimos do mundo.