A Coreia do Norte, um dos países mais isolados do mundo, foi fundada em 9 de setembro de 1948. De lá para cá, a nação vive sob a ditadura de uma única família. Um dos principais aspectos do regime é o culto à personalidade em torno de Kim Il-sung, o primeiro líder do país, e de seus descendentes.
A história da Coreia do Norte inicia-se ao fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, quando os japoneses foram expulsos da Península Coreana pela guerrilha liderada por Kim Il-sung. A região foi então ocupada pelos Estados Unidos e pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).
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A URSS estabeleceu-se ao norte do paralelo 38, enquanto as forças dos EUA ocuparam o sul. Criaram-se dois Estados rivais, cada um reivindicando ser o legítimo representante do povo coreano.
No sul, Syngman Rhee, um adversário do comunismo apoiado pelos Estados Unidos, venceu as primeiras eleições presidenciais da recém-declarada República da Coreia em 1948. Ao norte, no mesmo ano, o ex-guerrilheiro anti-japonês e comunista Kim Il-sung foi nomeado primeiro-ministro da República Popular Democrática da Coreia.
O início da guerra
Logo depois, os líderes do norte e do sul iniciaram repressões autoritárias contra seus oponentes políticos, cada um buscando unificar a Coreia. Inicialmente, os EUA negaram suporte militar ao sul, enquanto o Exército do norte obteve apoio da União Soviética.
A Guerra da Coreia começou em 25 de junho de 1950, quando as forças do norte invadiram o sul e rapidamente dominaram grande parte do território. Uma força da Organização das Nações Unidas, liderada pelos EUA, interveio e avançou rapidamente ao norte.
Os combates terminaram em 27 de julho de 1953, com um armistício que restaurou as fronteiras originais. Cerca de 3 milhões de pessoas morreram no conflito.
Uma zona desmilitarizada fortemente protegida ainda divide a península. Desde a guerra, os Estados Unidos mantêm uma forte presença militar na Coreia do Sul.
A economia centralizada da Coreia do Norte
Na Coreia do Norte, os meios de produção são estatais, com empresas e fazendas coletivizadas. A maioria dos serviços, incluindo saúde, educação, habitação e produção de alimentos, é subsidiada pelo Estado.
O país adota a política Songun, ou “militares em primeiro lugar”, com cerca de 9,5 milhões de pessoas entre soldados ativos, na reserva e paramilitares. Ao todo, há 1,2 milhão de soldados ativos.
O governo segue a ideologia juche, introduzida na constituição por Kim Il-sung em 1972, considerada uma personificação de sua sabedoria e liderança. Organizações internacionais apontam graves violações de direitos humanos na Coreia do Norte, sem paralelo no mundo contemporâneo.
Crise econômica e de fome na Coreia do Norte
A Coreia do Norte apresentou bons índices de desenvolvimento econômico e industrial graças à ajuda da URSS, mas, a partir da crise do petróleo, nos anos 1970, o crescimento estagnou. A situação piorou com o colapso soviético no início dos anos 1990.
Entre 1994 e 1998, o país enfrentou uma crise de fome que resultou na morte de milhares de pessoas. A desnutrição continua a ser um problema.
Kim Il-sung morreu em 1994, e o filho, Kim Jong-il, assumiu o comando do Partido dos Trabalhadores em 1997. O sucessor manteve a linha do pai e resistiu à abertura econômica. Em dezembro de 2011, Kim Jong-il faleceu, e o filho mais novo, Kim Jong-un, tornou-se líder do partido e presidente do país.
O culto ao líder comunista
O governo norte-coreano controla muitos aspectos da cultura para perpetuar o culto à personalidade em torno da Dinastia Kim. Em 1979, o jornalista Bradley Martin escreveu que quase todas as músicas, obras de arte e esculturas glorificavam Kim Il-sung. O culto à personalidade se estendeu a Kim Jong-il. Atualmente, Kim Jong-un também é alvo dessa glorificação.
A mídia norte-coreana está entre as mais controladas do mundo. A constituição prevê liberdade de expressão e imprensa, mas o governo restringe esses direitos. Permite apenas elogios ao país, ao governo ou ao líder. A agência de notícias estatal da Coreia do Norte é a única fonte de informação.
Todas as ditaduras são malditas e como sempre, os militares são os pilares de sustentação.
Eu imagino que os editores da RO são letrados o suficiente para saberem que isso não é comunismo de fato.
Nós já vivemos, no Brasil, nosso período maldito, que transformou nosso país num celeiro de sucata norte americana, e retardou nosso desenvolvimento, e felizmente não tivemos uma recaída com o quase golpe de 2022, onde nossas FA mantiveram o pacto democrático.
Extrema direita ou extrema esquerda são faces de abismos.
Lamentavelmente, seja na política ou religião, a população segue ignorante, preferindo serem guiados a esmo e apoiando ideias e ideais, feito gado.