A advogada Adélia Soares, que participou da edição 16 do programa Big Brother Brasil (BBB), da Rede Globo, é responsável pela defesa do perfil de fofoca Choquei.
O nome de Adélia voltou à superfície neste sábado, 23, em razão da tragédia que envolve o suicídio de Jéssica Vitória Canedo, de 22 anos. A jovem, vítima de difamação do Choquei, tinha histórico depressivo e tirou a própria vida depois da divulgação das notícias falsas.
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Na tarde deste sábado, depois da repercussão da morte de Jéssica, o Choquei emitiu um comunicado oficial. A nota, assinada por Adélia, isenta o perfil de fofoca de responsabilidade sobre o caso.
“Não ocorreu qualquer [sic] irregularidade na divulgação das informações prestadas por esse perfil”, diz o texto. “Cumpre esclarecer que não há responsabilidade à [sic] ser imputada pelos atos praticados, haja vista a atuação mediante boa-fé e cumprimento regular das atividades propostas.”
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Conforme a advogada, o Choquei divulgou as informações “com base em dados disponíveis no momento e em estrito cumprimento das atividades habituais, decorrentes do exercício do direito à informação”.
O processo de estelionato contra Adélia, responsável pela defesa do Choquei
Adélia é ré num processo judicial, acusada de estelionato. A denúncia narra que a advogada comprou materiais de construção em uma loja em Suzano, em São Paulo, no valor de R$ 7,6 mil. O site Metrópoles informou, em novembro, que a ex-BBB teria utilizado seis cheques pós-datados de R$ 1,2 mil para realizar o pagamento, em nome da empresa de seu ex-noivo.
A venda dos produtos ocorreu normalmente, e as mercadorias chegaram à residência de Adélia. Os cheques, no entanto, não tiveram compensação pelo banco por divergência de assinatura. O caso é de 2013.
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De lá para cá, a Justiça procura Adélia. Nos autos do processo, constam algumas tentativas de encontrá-la, por meio de diversos endereços, telefones fixos e celulares. Até o momento, sem sucesso.
Em 2016, ano em que Adélia participou do BBB, seu ex-namorado Anderson Romeiro confirmou o processo e divulgou a história nas redes sociais.
“Há um inquérito policial, onde constam vários cheques, onde a Doutora Adélia exauriu sua própria assinatura numa conta que não lhe pertencia, afim [sic] de obter vantagem e aplicar golpes no comércio de Suzano, com uma conta que não é dela”, disse Romeiro, na ocasião.
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O ex-namorado disse que os cheques se referem a “uma conta PJ e outra conta PF, em meu nome, única e exclusivamente em meu nome. Sendo assim, está sendo indiciada por crime de estelionato, sendo investigado pela delegacia de Suzano”.
Em resposta, a advogada alegou que desconhecia o processo. “Sobre o caso relatado em si, não tenho qualquer [sic] informação, não utilizo talão de cheques há mais de dez anos e nunca recebi qualquer [sic] intimação sobre o caso, mesmo mantendo todos meus endereços devidamente atualizados.”
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