O presidente da Argentina, Javier Milei, encerrou as atividades da Télam, a principal agência estatal de notícias do país, em funcionamento desde 1945. O governo argentino cercou os dois prédios da estatal com policiais, dispensou os funcionários por uma semana, com remuneração, e tirou o site do ar.
Como justificativa para a decisão de fechar a Télam, Milei argumentou que a agência tem sido utilizada como “meio de propaganda kirchnerista”. O kirchnerismo é o movimento político argentino cujo os líderes são o ex-presidente Néstor (2003-2007), morto em 2010, e a ex-presidente Cristina Kirchner (2007-2015).
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Em uma coletiva de imprensa, nesta segunda-feira, 4, o porta voz do governo, Manuel Adorni, disse que a gestão de Milei enviou um comunicado interno a todos os funcionários, “isentando-os de prestar serviços por sete dias, com pagamento de salário”, conforme informações da Associated Press.
Já na sexta-feira 1, Milei havia anunciado o fechamento da Télam. A decisão do presidente argentino ainda deve passar pelo Congresso. De acordo com Adorni, a agência pública perdeu cerca de 20 bilhões de pesos neste ano.
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O governo cancelou a publicidade oficial nos meios de comunicação por um ano. Segundo o líder da Casa Rosada, a medida deve economizar mais de 100 milhões de pesos (R$ 500 mil na cotação atual). “É uma imoralidade que, em um país pobre como o nosso, os governos gastem o dinheiro das pessoas para comprar vontades dos jornalistas”, declarou Milei.
Ordem de fechar agência pública na Argentina gera reações de sindicatos
O fechamento da agência estatal Télam provocou reações inflamadas. O Sindicato de Jornalistas de Buenos Aires convocou uma manifestação em rejeição à decisão de Milei de fechar a agência. O ato deve ocorrer nas proximidades das instalações, na capital argentina.
Adorni negou que o fechamento da Télam atente contra o pluralismo da informação ou a liberdade de imprensa. “É cumprir com o que o presidente prometeu na campanha presidencial”, afirmou o porta-voz.
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A Associação de Correspondentes Estrangeiros da República Argentina (Acera) disse que era necessário existir uma agência de notícias estatal, e não governamental, “que garanta aos cidadãos o acesso a informações plurais e que apoie a divulgação de notícias”. Para a Acera, bastava reformular a agência pública, no lugar de “aniquilá-la”.
Segundo a secretária adjunta do sindicato, Carla Gaudensi, o fechamento é ilegal, porque a Télam estava na lista de 41 empresas do pacote da “lei ônibus” que foi retirado pelo governo.
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Que diferença de gestão. Aqui em Brasilândia tudo ao contrário. Aparelhar o estado para benefícios próprios e dos amigos.
o pessoal fala em “atentado ao pluralismo de informações”, mas não explica como. Milei não proibiu nada, só fechou um ente público (financiado com dinheiro público) por ser ineficiente. Quem quiser pluralismo, pode apresentar seu “ótimo” trabalho para as diversas mídias que existem, inclusive canais gratuitos como Youtube, Instagram, X, etc…. resumindo: pelego não quer perder a mortadela
Parabéns, povo argentino!