O comentarista político Rodolfo Mariz rompeu o silêncio e se manifestou sobre sua demissão da Jovem Pan. O desligamento da emissora ocorreu na terça-feira 22, na esteira da mesma polêmica que motivou a saída do apresentador Tiago Pavinatto, que se recusou a pedir desculpas a um desembargador depois de chamá-lo de “vagababundo tarado”.
Ao comentar o caso do desembargador Airton Vieira, que decidiu inocentar um homem acusado de pedofília, Mariz chorou ao vivo durante o programa Linha de Frente, então apresentado por Pavinatto.
Nas redes sociais, Mariz não citou diretamente o ocorrido e limitou-se a compartilhar somente os recados elogiosos de amigos.
Nos stories do Instagram, Mariz compartilhou uma mensagem bíblica retratada na canção “Todavia me alegrarei”, de Samuel Messias. “O choro dura uma noite, mas a alegria, ela vem pela manhã”, diz trecho da música. “Eu creio, eu creio.”
O comentarista também usou seu perfil no Instagram para homenagear Pavinatto. Na mensagem, ele se referiu ao apresentador como “gênio”.
“Gênio, meu irmão, eu te amo”, declarou Mariz. “Juntos, esperando a cura que vem com o tempo de Deus para nossas causa!”
Em seguida, Mariz agradece a Pavinatto e cita a forma espontânea como ele trabalha. “Obrigado por me ensinar tanto de um modo tão criativo, simples e divertido”, diz. “Só quem trabalha ao seu lado sabe o preço que você paga por ser tão espontâneo e fiel à sua audiência.”
Jovem Pan demite Pavinatto por “excessos” e desobediência
Na segunda-feira 21, Pavinatto chamou o desembargador Airton Vieira de “vagabundo e tarado”, por causa da decisão do magistrado de absolver um acusado de pedofilia. Na sequência, o apresentador se negou a pedir desculpa, descumprindo uma ordem direta da direção da emissora.
Dessa forma, Pavinatto deixou de integrar os quadros de colaboradores da Jovem Pan. A empresa comunicou a decisão na terça-feira, 22. O profissional era apresentador do programa Linha de Frente e comentarista de Os Pingos nos Is.
Pavinatto comentou, no ato, a recusa de se desculpar com o magistrado. “A direção da casa está pedindo uma retratação ao desembargador Airton [Vieira], e não vou fazer”, afirmou o apresentador. “Deixo claro aqui: não vou fazer uma retratação para uma pessoa que ganha dinheiro público, livra um pedófilo e ainda chama a vítima, de 13 anos de idade, de vagabunda.”
Durante a atração da Jovem Pan, o apresentador reforçou que não pediria desculpa. “Estou sendo cobrado insistentemente a me retratar, pela questão do desembargador”, disse. “Não vou fazer, desculpem-me. Não tem mais clima. Falar de criança acaba comigo. Espero que amanhã eu volte para cá.”
Pavinatto, contudo, não voltou ao ar. Acabou dispensado pela direção da Jovem Pan, que também demitiu o comentarista Rodolfo Mariz.
O que mais causa repugnância nessa estória é ( honrosa exceção feita ao Rodolfo Mariz) assistir o silêncio de todos os colegas do Linha de Frente, Três em Um e Os Pingos Nos Is. Nenhum deles teve a honradez de se posicionar contra a demissão.
Se tivessem um pingo de caráter teriam exigido que a direção da JP (esse tal Araújo é mais um canoteiro de m….), readmitisse o Pavinatto sob pena de ter que demitir a todos. Santa inocência a minha, podem dizer.
A verdade é que quando se trata de salvar o próprio rabo nenhum deles teve a coragem de fazer o que era necessário.
Essa opção se aplica ao povo brasileiro, que está fazendo exatamente a mesma coisa que os “colegas” do Pavinatto fizeram. Na hora em que acordarem para a realidade talvez seja tarde demais.
Quem “U” tem medo, Betão.
A Jovem Pan só perde com suas demissões. Augusto Nunes, Ana Paula, Pavinatto e outros , representantes da decência no jornalismo, crescem cada vez mais no conceito de pessoas honestas. O que sobra no jornalismo de araque são os ignorantes, analfabetos da notícia verdadeira, os puxa-sacos dos jumentos da “esquerdalha”. EBOZ