Demitido em pleno 30 de dezembro pela Record, Arnaldo Duran falou sobre a saída do canal em que trabalhou durante 17 anos. O jornalista possui a síndrome de Machado-Joseph, doença degenerativa rara, e dava expediente na equipe do Domingo Espetacular.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, o comunicador afirmou que sempre foi fiel à verdade e se queixou da falta de sensibilidade da emissora, alegando que não entendeu até agora os motivos de sua demissão.
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“Eu tenho sido jornalista há 54 anos, com dignidade. Mesmo quando você vê patrões, tipo assim, diferentes da realidade social, como Roberto Marinho. Eu nunca me entreguei… Com Bispo [Edir] Macedo, nunca entreguei minha dignidade. Nunca fiz uma matéria mentindo. Nunca fiz uma matéria favorecendo patrões. Eu vendi a minha força de trabalho a esses patrões”, disse Arnaldo Duran.
A justificativa dada para a demissão do jornalista foi “contenção de gastos”, mas ainda assim ele diz continuar desnorteado. “Se eu fui tão ético, eu trabalhei tão bem, eles me mandaram embora, fui demitido sem nenhuma parcimônia. Sou portador da doença de Machado-Joseph, que é uma doença neurológica degenerativa, rara”, relembrou.
“Estou um pouco desnorteado, pensando o que fazer. Estou triste. Vou parar de falar, para não falar nenhuma besteira, que vá piorar a situação”, encerrou Arnaldo Duran.
Quem é Arnaldo Duran?
Arnaldo Duran tem um longo currículo no jornalismo brasileiro. O comunicador começou a carreira como locutor mirim em um programa de rádio, aos 13 anos, na Rádio Piratininga, no interior de São Paulo.
Trabalhou em inúmeras rádios e jornais desde 1973. Dez anos depois, foi convidado a trabalhar na Globo de Bauru, no interior paulista. Foi transferido para a capital logo depois.
Saiu da Globo e trabalhou na TV Manchete, no Rio de Janeiro. Logo depois, ele teve a primeira passagem pela Record. Trabalhou no SBT e voltou para a Globo. Chegou a trabalhar na CBS Telenotícias, nos Estados Unidos, e desistiu, pelo frio de Nova York. Em 2006, acertou seu retorno para a Record, em que ficou até o final de 2023.
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Sempre achei que eu era o único individuo que se sentia injustiçado pela minha demissão na empresa na qual trabalhei, quando o individuo trabalha duas décadas numa empresa ao ser demitido fica atordoado, já passei por isso e a magoa só termina quando morremos, Arnaldo Duran vc não está sozinho, a dezenas de profissionais de projeção que estão no mesmo barco, e eu como anônimo também.