A demência frontotemporal (DFT) que afeta o jornalista Maurício Kubrusly surge a partir dos 45 anos, dizem os neurologistas. No domingo 20, o programa Fantástico, da TV Globo, revelou a doença do comunicador, que o afastou da televisão.
O ator Bruce Willis, por exemplo, é outro caso recente de pessoas conhecidas na mídia, acometidas pela DFT.
A DFT é uma condição semelhante ao Alzheimer, mas com diferenças, como distúrbio de linguagem e mudanças de comportamento. A doença aparece a partir dos 45 anos e não tem cura, apenas tratamento de sintomas.
Não é apenas Maurício Kubrusly: doença afeta uma parcela ativa da população
A DFT é diferente do Alzheimer, porque não afeta predominantemente a memória. A primeira doença provoca uma alteração no comportamento, como se o indivíduo mudasse a personalidade. Essa característica não ocorre em relação à segunda doença.
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A idade também é um diferencial. A DFT atinge uma parcela ativa da população, geralmente com idades entre 45 e 65 anos. Em contrapartida, o risco de Alzheimer surge a partir dos 65 anos.
Quais as causas da demência?
Especialistas acreditam que a origem da DFT é genética. No cérebro, ocorre um acúmulo anormal de três proteínas: TAU, FUS e TDP-43. Tudo isso é tóxico para os neurônios, que morrem aos poucos, atrofiam e causam os sintomas da doença.
Como é o diagnóstico da demência frontotemporal?
Exames de imagem ajudam a diagnosticar a doença cerebral. Por ter sintomas semelhantes à depressão e à bipolaridade, o DFT resulta em um diagnóstico tardio ou errado.
Não existe remédio nem cura para a DFT. Especialistas afirmam que o tempo de vida das pessoas que contraem a doença varia. Em média, os médicos citam de oito a dez anos. Caso a doença esteja associada à Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), o tempo de vida cai para três a cinco anos.
Entenda a demência frontotemporal, doença que afeta Maurício Kubrusly
É um grupo de doenças neurodegenerativas e progressivas que atingem o cérebro. Em geral, existem três tipos, que envolvem uma atrofia nas regiões frontais e temporais do cérebro:
- 1) A variante comportamental altera as emoções e os comportamentos. O paciente se comporta de forma inadequada e constrangedora. Além de apresentar atitudes irresponsáveis, ele fica indiferente a tudo e tem dificuldade de se colocar no lugar do outro;
- 2) Na variante semântica da afasia progressiva, o paciente perde a capacidade de compreender as palavras e o nome de alguns objetos. Ele esquece o que é uma vassoura ou um martelo, por exemplo. A pessoa desaprende a falar, troca palavras e diz coisas sem sentido; e
- 3) A variante não fluente da afasia progressiva primária reduz a capacidade do paciente de se expressar por meio da linguagem. A vítima da doença entende o que ouve, mas apresenta fala travada. Ao não conseguir destravar a comunicação verbal, a pessoa fica muda — tal ação ocorre em casos avançados da DFT.
Nos tempos atuais morrer de causas naturais é um privilegio, jornalistas são pessoas bem informados, cultos, usam o cérebro por toda a sua vida profissional, como pode acontecer neles estas doenças? se a literatura médica nos recomenda a exercitar a mente para ela não se atrofiar, pois ficaríamos livres destas doenças mentais.