Cientistas sugerem que o consumo regular de azeite pode reduzir o risco de Alzheimer. Esse quadro clínico é um distúrbio cerebral irreversível e progressivo, que destrói a memória e outras funções mentais importantes.
O estudo foi divulgado pela Sociedade Americana de Nutrição, na segunda-feira 24, durante um evento anual realizado em Boston, nos Estados Unidos. A pesquisa abre novas possibilidades de hábitos cotidianos que ajudam a prevenir ou retardar a progressão de doenças como o Alzheimer.
Segundo a pesquisa, pessoas que consumiam mais de meia colher de sopa de azeite por dia reduziam os riscos de morrer pela doença em até 28%. Substituir uma colher de chá de margarina e maionese por uma quantidade equivalente de azeite também pode reduzir o risco entre 8% e 14%.
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“Nosso estudo reforça as diretrizes dietéticas que recomendam óleos vegetais, como o azeite, e sugere que essas recomendações não apenas apoiam a saúde do coração, mas também potencialmente a saúde do cérebro”, disse Anne-Julie Tessier, ph.D. na Escola Chan de Saúde Pública, em Harvard.
Os cientistas revelam que, “optar por azeite, um produto natural, em vez de gorduras como margarina e maionese comercial, é uma escolha segura e pode reduzir o risco de demência fatal”.
Como o azeite ‘diminui’ a contração de Alzheimer
“Alguns compostos antioxidantes no azeite podem atravessar a barreira hematoencefálica, potencialmente tendo um efeito direto no cérebro”, explicou Anne. “Também é possível que o azeite tenha um efeito indireto na saúde do cérebro, beneficiando a saúde cardiovascular.”
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A cientista ressaltou que a pesquisa é observacional, e não prova que o azeite é a causa da redução do risco de demência fatal. Para determinar os efeitos e a quantidade ideal de azeite a ser consumida, seriam necessários estudos adicionais, como ensaios controlados randomizados.
O estudo é o primeiro a investigar a relação entre dieta e morte relacionada à demência. Os especialistas analisaram questionários dietéticos e registros de óbito coletados de mais de 90 mil norte-americanos ao longo de três décadas, em que cerca de 5 mil dos participantes morreram da doença.