O jornalista e fundador da Revista Imprensa, Sinval de Itacarambi Leão, morreu nesta segunda-feira, 5, aos 81 anos. Ele enfrentava um quadro de insuficiência cardíaca desde 2012.
O velório será realizado nesta terça-feira, 6, das 8h às 14h, no Funeral Home, no bairro da Bela Vista, em São Paulo.
Nascido em 23 de fevereiro de 1943, na zona rural de Araçatuba, interior de São Paulo, Leão teve origem humilde. Ele encontrou na igreja uma oportunidade de adquirir conhecimento, dedicando-se por 14 anos à Ordem de São Bento, à qual pertencem os monges beneditinos.
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Fundador da Revisa Imprensa foi preso duas vezes
Foi preso duas vezes na ditadura, em 1969 e 1971, por suposta associação com a Ação Libertadora Nacional (ALN) e conspiração contra o país, enquadrado na Lei de Segurança Nacional.
O jornalista foi libertado definitivamente em 1971, depois de responder a um processo do Estado por ser integrante da ALN. Guardou por muitos anos o recorte do jornal Diário Popular que publicou a decisão do julgamento, destacando sua absolvição por unanimidade devido a “carência de provas”.
Sinval também atuou nas revistas Realidade e Visão, na Folha de S.Paulo, no departamento de pesquisa de mídia da agência de publicidade Lintas e, posteriormente, na DPZ.
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A partir de 1974, assumiu o cargo de diretor de serviços de marketing da Rede Globo, onde permaneceu até 1982. Posteriormente, foi transferido para a Globo Minas, assumindo a posição de diretor comercial.
Em 1987, lançou a Revista Imprensa, que recebeu dois Prêmios Esso de Jornalismo, em 1987 e 1994.
Ele deixa sua esposa, Ruth, quatro filhos e seis netos.