De janeiro e agosto deste ano, empresas dos setores de mídia, jornalismo e editoração economizaram R$ 484,8 milhões em contribuições ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por causa de desoneração fiscal. O Grupo Globo liderou essas isenções e poupou R$ 173,3 milhões, o que representa 35,74% do total concedido ao setor.
Essas isenções serão gradualmente eliminadas até 2027, conforme a Lei 14.973. A Record TV e o Grupo UOL-Folha seguem na lista, com economias de R$ 39,7 milhões e R$ 39,3 milhões, respectivamente, em suas contribuições ao INSS. O SBT ficou em quarto lugar, com R$ 19,4 milhões.
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O benefício fiscal para o setor de mídia é legal desde 2011, depois da aprovação da Lei 12.546, durante o governo de Dilma Rousseff. Desde então, houve 13 alterações legais nesse incentivo.
Em novembro de 2024, a Receita Federal, a pedido do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, divulgou uma lista de empresas que se beneficiaram de incentivos fiscais. O total chegou a R$ 97,7 bilhões.
Setor recebe mais de R$ 12 bilhões em desoneração
O setor de mídia recebeu R$ 12,3 bilhões em desonerações na folha de pagamentos e ficou atrás apenas do setor de adubos e fertilizantes, que recebeu R$ 14,9 bilhões em benefícios fiscais.
Dentre os beneficiados está a Empiricus, plataforma de publicações financeiras do banco BTG Pactual, que obteve R$ 3,8 milhões de isenção. A Exame Ltda., também do BTG Pactual, teve R$ 474,2 mil em isenções.
A lista da Receita Federal pode não ser completa, já que empresas como a TV Bandeirantes aparecem apenas parcialmente. Apenas a Rádio e Televisão Bandeirantes de Minas Gerais Ltda. foi identificada, com R$ 570,1 mil de isenção.
Empreendimentos digitais não costumam formalizar contratações, o que dificulta o acesso às desonerações do INSS. Frequentemente, jornalistas não são contratados formalmente por carteira de trabalho. Dessa forma, as empresas não conseguem usufruir da desoneração do INSS.
Certamente são valores menores do que é literalmente dado ao agronegócio nas legalizações de terras invadidas e desmatadas.
A única diferença é que os valores citados na matéria são dentro das leis, e do Agronegócio, ilegais.
Pobre INSS e aposentados. Logo logo começam a atrasar o pagamento, mas todo mundo vê a grobolixo.