O jornal francês Le Monde publicou, na segunda-feira 30, uma reportagem tendo a primeira-dama do Brasil, Rosângela da Silva, como protagonista. Amparada por uma foto de Janja sorrindo, vestida de indígena e fazendo o gesto do coração com as mãos, a publicação trouxe o título: “Janja, primeira-dama do Brasil, e ‘vice-presidente’ do presidente Lula”.
O veículo de comunicação destaca o peso de Janja para a formação do primeiro escalão do governo federal. Nesse sentido, o jornal cita como indicação de Janja a cantora baiana Margareth Menezes no comando do Ministério da Cultura.
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Seguindo o silêncio da primeira-dama em relação as sucessivas demissões de mulheres do alto escalão do governo do marido, o Le Monde também ignorou a questão. Para o jornal francês, Janja é hoje uma das “figuras mais influentes do Brasil”.
O correspondente Bruno Meyerfeld, de São Paulo, que assina o texto, também não mencionou o fato de a primeira-dama não ter usado, por exemplo, toda a sua “influência” no amparo imediato às vitimas das enchentes no Rio Grande do Sul, no início de setembro, tragédia que deixou 40 pessoas mortas e centenas de desabrigados.
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A “vice” de Lula sobrevoou a região gaúcha 20 dias depois da tragédia, repetindo a postura que teve no período do Carnaval, quando outra tragédia abalou o Brasil e matou 44 pessoas no litoral paulista por causa de fortes chuvas. Janja foi acusada pelos opositores de Lula, chamados pelo Le Monde de “extrema direita”, de ter tido “pouca empatia”.
A enxurrada de elogios recebidos por Rosângela da Silva na publicação francesa foi endossada pelo cientista político Cláudio Couto. Professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), de São Paulo, ele é blogueiro do site da revista Carta Capital.
Na reportagem do Le Monde, o cientista político afirmou, com relação a Janja: “Tudo, menos uma primeira-dama decorativa”.
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A verdadeira ‘vice-presidente’ de Lula
O Le Monde afirma que “muitos” apontam Janja como a verdadeira “vice-presidente” de Lula “ou mesmo sua sucessora”. Para o correspondente do jornal francês, a personalidade de Rosângela da Silva destaca-se “num Brasil ainda muito machista”.
Ao analisar as ex-primeiras-damas brasileiras, o texto — excluindo dona Ruth Cardoso, mulher de Fernando Henrique Cardoso, apresentada como exceção —, ainda sob a opinião de Castro, afirma que o país “viveu uma longa sucessão de primeiras-damas apagadas ou marginalizadas”.
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Como exemplo, em tom de demérito, o Le Monde lembrou o título de uma reportagem da revista Veja a respeito de Marcela Temer, então primeira-dama do país: “Bela, recatada e do lar”.
O Le Monde destaca o retorno de Lula ao poder em momento “histórico” do Brasil e diz que a primeira-dama teve um papel fundamental no que chamou de “júbilo”: “Ela sabe tudo sobre as duras provações que permitiram esse retorno ao topo”, escreveu o correspondente da publicação. “Este dia de júbilo não é também o seu próprio triunfo?”
A pergunta — colocada logo no primeiro parágrafo — só não obteve resposta da personagem principal do artigo. Mesmo promovida à condição de vice-presidente da República, Janja não retornou o pedido de entrevista do Le Monde.
Quem sabe da vida dela (e dele) é a pin-up do Parana e do PT.
Verdadeiro traste. Pos-graduada e doutora em alpinismo carcerario. Como pode o tonto, covarde e desmemoriado do alckmin competir?
O Alckmin nem se importa, o safado já perdeu a vergonha faz tempo, se é que um dia teve.
Le Monde é só uma folha de são Paulo francesa. Um Uol, que só propagam desinformação. E o nosso presidente é um arranjo do sistema para destruir o país, e aquela “senhora” nem vale a pena comentar.
ela é uma oportunista e gastadeira, isso sim. Não esta nem ai com o povo
Que vice, que nada. Ela é a presidente, e LLule é seu vice. Ele não passa de um fantoche nas mãos de “Esbanja”.