O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avisou formalmente seus auxiliares na primeira reunião ministerial do ano que todo o seu governo deve começar a trabalhar por sua campanha à reeleição, em 2026. É o que destaca o jornal O Estado de S. Paulo em editorial desta quarta-feira, 22.
Aliás, o presidente o fez sem rodeios nem ambiguidades: “O que eu quero dizer para vocês é que 2026 já começou”, disse Lula.
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A bem da verdade — destaca o veículo — Lula já está em campanha há muito tempo, mas agora é oficial. E, claro, tudo por culpa da oposição: “Pelos adversários, a eleição já começou”, afirmou. “É só ver o que vocês assistem na internet para vocês perceberem que eles já estão em campanha.”
“Como tudo o que envolve Lula, há obviamente um bocado de mistificação”, diz o Estadão. “O que o petista chama de ‘campanha eleitoral’ da oposição nada mais é do que a exploração política dos inúmeros erros do governo, o que é a essência do embate democrático.”
“E Lula parece ter entendido que está perdendo esse embate – e de lavada”, acrescenta o texto. “O já antológico caso da ‘taxação do Pix’, que humilhou o governo nas redes sociais e fora delas, é apenas o sintoma de problemas muito maiores, alguns dos quais diagnosticados pelo próprio presidente na reunião.”
Não é só que, dois anos depois da posse, “a entrega que fizemos para o povo ainda não foi a entrega que nos comprometemos a fazer em 2022”, como disse Lula. A verdade, segundo o Estadão, é que o presidente a esta altura parece saber que não tem condições de “entregar” o que prometeu, porque os compromissos fiscais assumidos pela equipe econômica limitam o uso da máquina do Estado para conquistar votos.
A não ser que Lula resolva mandar às favas os escrúpulos fiscais, como já fez em seu mandato anterior, será difícil desfazer a sensação de impotência, avalia o jornal.
“Sem o dinheiro farto da era de ouro do lulopetismo, duas décadas atrás, resta a Lula caprichar na propaganda, e foi por isso que transformou um marqueteiro profissional em um de seus principais ministros”, destaca.
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“Por mais competente que possa ser o referido marqueteiro, porém, não há como convencer os brasileiros de que a vida melhorou sob Lula quando os preços não param de subir, contrariando a famosa promessa de campanha petista segundo a qual o povo voltaria a comer picanha e tomar uma cervejinha”, continua o texto.
Lula parece saber disso e, na reunião, admitiu que “os alimentos estão caros” e que “é uma tarefa nossa fazer com que os alimentos cheguem baratos à mesa do trabalhador”. A julgar pelo que conhecemos do lulopetismo, a ordem cheira a intervenção do Estado na formação de preços, o que quase sempre resulta em desabastecimento e mais inflação.
Lula reconhece que governo deixa a desejar
O fato relevante, contudo, é que Lula parece ter entendido onde o calo está apertando. O presidente admitiu que ele e seu governo estão desconectados dos anseios da população.
“O povo com que estamos trabalhando hoje não é o povo dos anos 1980, que queria ter emprego com carteira assinada”, afirmou o petista. “É um povo que está virando empreendedor e precisamos aprender a trabalhar com essa nova formação do povo brasileiro.”
“Sabe-se lá o que Lula pretende fazer para que esses ‘empreendedores’ deixem de vê-lo como o símbolo de um Estado glutão que cobra muito, entrega pouco, atrapalha bastante e está a serviço de castas e companheiros”, avalia o jornal.
“Ninguém é bobo: quando Guilherme Boulos, candidato de Lula na recente eleição à Prefeitura de São Paulo, posou de amigo dos ‘empreendedores’, levou uma surra nas urnas”, acrescenta.
O mesmo provavelmente se dará com o próprio Lula: como disse o ideólogo petista André Singer em entrevista à BBC Brasil, “o PT não pode aderir a uma ideologia do empreendedorismo do salve-se quem puder”, porque “isso é contra seus próprios princípios” e “é contra aquilo que ele veio propor para a sociedade brasileira”.
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Ou seja, a adesão do lulopetismo ao empreendedorismo vale tanto quanto uma nota de três reais, e não há ministro-marqueteiro que mude isso.
Diante desse cenário, resta a Lula a carta fraudulenta da “defesa da democracia” contra a oposição. O petista deixou isso claro na reunião: “Precisamos dizer em alto e bom som, queremos eleger governo para continuar o processo democrático do País, não queremos entregar esse país de volta ao neofascismo, neonazismo, autoritarismo”.
“Soa como desespero, mas é só o velho Lula de sempre”, conclui o texto.
Governo analógico que não pensa em se modernizar, mas sim meramente (como dito ao Maduro) “construir a sua narrativa” seguindo assim no poder através de maquiagens.
Velho ordinário , cachaceiro e muitooooo ladrão!
Mas reunir-se com embaixadores é abuso de poder político. Esse país é um circo. Governo transformou as instituições em uma quadrilha mantida com “salários “ absurdos a seus integrantes às expensas dos benefícios sociais à população mais pobre que vão sendo reduzidos e extintos. Esse governo nati morto já caiu de podre.
Em defesa da democracia comunista… bando de vagabundos