Em abril, a Rede Globo de Televisão promoveu demissão em massa. Dezenas de profissionais foram dispensados pela emissora, inclusive jornalistas.
Uma das funcionárias que foram demitidas pelo canal de TV foi a repórter Flávia Jannuzzi. Ela permaneceu na emissora por 25 anos, sendo os últimos 16 dedicados à cobertura do que ocorre no Rio de Janeiro.
Mais de dois meses depois da demissão, Flávia falou sobre a situação em entrevista ao portal UOL. Ao lembrar do momento em que acabou dispensada, a repórter deu a entender que faltou profissionalismo por parte da Globo.
Flávia afirmou, nesse sentido, que uma lista com os nomes de possíveis demitidos começou a circular em grupos de WhatsApp antes de comunicado oficial por parte da emissora. Ela lembrou, por exemplo, que teve gente demitida mesmo escalada para a produção de reportagens.
“No dia das demissões, eram bolinhos de pessoas, ninguém trabalhando, todo mundo chorando”, disse Flávia, na entrevista ao UOL. “Os colegas iam sendo chamados um a um para serem demitidos. Tem colegas que saíram de reportagens para serem chamados e foram demitidos fazendo reportagem”, prosseguiu a jornalista. “Um clima horroroso, um clima de funeral”, lamentou ela.
Com décadas de Globo, repórter se sentiu só “um número”
Na entrevista, Flávia Jannuzi falou sobre o seu caso em específico. De acordo com ela, a direção da Rede Globo agiu com frieza — apesar de ela ter duas décadas e meia de serviços prestados ao canal da família Marinho.
“A forma como tudo aconteceu foi muito fria”, afirmou a repórter. “Tive uma vida dedicada à emissora. Como todo jornalista que se empenha na profissão e que acredita no propósito que ele tem que cumprir, eu me dediquei muito, foram muitas renúncias”, prosseguiu ela. “Teve muita entrega. Dediquei-me demais a uma emissora que me descartou como se eu fosse um número e eu fui só mais um número.”
Por fim, Flávia Jannuzzi valorizou o seu trabalho atual. Fora da função de repórter de televisão, ela passou a se dedicar profissionalmente à produção de arranjos florais.
Leia também: “Perversidade jornalística”, reportagem de Branca Nunes publicada na Edição 167 da Revista Oeste
O último que sair, apague a luz!
Não dá pra esquecer o clima de festa desta emissora no dia da derrota do Bolsonaro. A alegria deles durou pouco. Como já disseram aqui, só “L”amento.
Apenas mais uma que vive num mundo paralelo.
Esses caras acham que para serem demitidos, precisa ter festa e um clima de alegria????
Só “L”amento