Vivendo a maior crise de audiência de sua história há vários meses, o SBT promoveu mais uma mudança em sua programação na noite desta segunda (18): em uma movimentação para flertar com o público conservador, historicamente mais simpático aos programas da Record, o canal fez a sua estreia no gênero da dramaturgia bíblica com a série americana The Chosen, que conta a história de Jesus Cristo.
O público da rede, entretanto, não comprou a novidade. Os dados consolidados de audiência da Grande São Paulo, obtidos através de fontes do mercado, mostram que a primeira aposta de Daniela Beyruti — filha de Silvio Santos — como cabeça da área de programação do SBT teve um desempenho desastroso.
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O seriado, que ocupará o espaço do Programa do Ratinho durante toda a semana, espantou o telespectador fiel da emissora e colaborou para que a rede sofresse uma raríssima derrota para a Record em todas as faixas horárias. Nem mesmo a faixa entre meia-noite e 6h da manhã conseguiu se posicionar a frente da Record.
Em seu primeiro capítulo, The Chosen não foi além de 3,2 pontos de média na principal metrópole do país, número que simboliza menos da metade do ibope obtido pela Record na mesma faixa horária — a emissora da Barra Funda marcou 6,8 pontos com os minutos finais de Quando Chama o Coração e a última segunda de A Fazenda 15.
SBT perdeu para a Record durante 19 horas consecutivas
Além disso, o seriado bíblico marcou os piores números do horário nobre do SBT, ao lado da reapresentação de Cúmplices de um Resgate. A trama adolescente, no entanto, só ficou oito décimos atrás da concorrente. Na comparação com as quatro segundas anteriores do Programa do Ratinho, a série sobre Jesus Cristo derrubou os índices da rede em 18%.
O desempenho insatisfatório da primeira aposta da herdeira de Silvio Santos fez com que a Record impusesse uma derrota homérica ao SBT na audiência. A emissora amargou a terceira colocação em termos médios durante mais de 19 horas consecutivas: nenhuma atração da rede entre 6h e 1h11 da manhã superou a concorrente, vice-líder até na média da madrugada, entre 0h e 6h, por 1,5 a 1,4 ponto.
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Assisti a primeira temporada na Netflix e confesso que alguma coisa mexeu comigo. Quem resolveu não acreditar na série eu só posso dizer que perdeu a oportunidade de ver um Jesus bem natural, exatamente como eu acho Ele era. Talvez o público venha a gostar da temporada que irá mostrá-lo agonizando e sofrendo na cruz, pois é isso que nossos filhos e adolescentes estão mais acostumados na mídia de hoje – sangue, vingança e traição. Apesar de não concordar com alguns fatos encenados em relação aos costumes judeus da época, a série faz você pensar a respeito da sua vida espiritual direcionada à sua Fé. Já assisti muitos filmes sobre a vida de Jesus, mas como eu mencionei acima, essa me fez raciocinar sobre o que é a HUMILDADE em seu mais sublime sentido. Aguardo ansiosamente a segunda temporada.
Uma pena, pois a série é maravilhosa.
Talvez não tenha tido a devida divulgação.
Outro fator que pode ter atrapalhado é que a série já está na terceira temporada, prestes a lançar a quarta, e está disponível, gratuitamente, no site da própria produtora, a Angel, sem falar que a Netflix já está exibindo a primeira temporada.
Espero que o público seja devidamente informado e “cooptado”.
Concordo com o que disseram a Sonia e a Silvia.
Infelizmente, a maioria dos brasileiros prefere fofocas e besteirol do que uma série sobre Jesus Cristo.
Isto mostra que cada vez mais a religião, qualquer que seja, está diminuindo nos lares.
Toda noticia é importante, mas não vejo , nem globo lixo, nem sbt, reccord etc
Eu não sabia que o SBT já tinha comçado a apresentador The Chosen. Talvez falta de divulgação justifica a baixa audiência.
Esse tipo de reportagem não tem nada a ver com a linha editorial da Oeste.
Uma pena que não obteve o alcance esperado, nós aqui em casa “patrocinamos” a Angels Studios e assistimos todos os episódios. Uma produção de extrema qualidade em todos os aspectos.
Acredito que o SBT deva revisitar a forma que foi divulgado, horário que foi veiculada e outros pontos que possam influenciar as pessoas que ainda assistem TV aberta.
No mais boa sorte a emissora do eterno Silvio Santos, precisamos de mais conteúdos de qualidade para ajudar no longo processo de enriquecimento cultural e espiritual que nosso país tanto precisa.
Eu particularmente acho The Chosen muito bom, mas não sei o que prende a atenção de quem consome tv aberta, atualmente. Eu observo que nas salas de espera dos serviços que temos à disposição no mercado há uma cultura de Rede Globo, ainda que o “responsável pelo controle remoto” quando questionado manifeste sem rodeios e, até mesmo, espontaneamente, sua insatisfação pela programação da emissora. É cultural. Um hábito. Como robôs, agem conforme a programação. É preciso que as equipes de UX e CS encontrem o botão “reiniciar” dos telespectadores.
Verdade. Isso precisa acabar.
Silvia, realmente, isso acontece nas salas de espera nos consultórios. Quando posso, comento que é melhor colocar música com imagens da natureza do que ficar ouvindo as desgraças e programinhas da estação preferida.
Não dá pra entender mesmo o brasileiro, essa série é excelente, sem ideologias ou desvirtualizações. Mas preferem programas fúteis onde não se precisa raciocinar. Realmente merecem o governo que aí está.