Depois de barrar a candidatura de nomes da oposição para as eleições de julho, o ditador venezuelano, Nicolás Maduro, criou uma lei fascista com o pretexto de combater “o fascismo, o neofascismo e as expressões similares”. Também estão proibidos no país o “conservadorismo moral” e o “neoliberalismo”. Foi “o golpe de misericórdia no que restava da democracia”, avaliou O Estado de S. Paulo, em seu editorial desta segunda-feira, 8.
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Para o jornal, não há na América do Sul nada mais similar ao regime fascista de Mussolini que o regime chavista. A nova lei reforça esse parecer. A partir dela, “a ditadura se deu carta branca para censurar a imprensa e redes sociais, proibir reuniões e manifestações pacíficas e dissolver partidos políticos ou instituições da sociedade civil consideradas fascistas ou similares”, ressaltou o jornal. Tais manifestações podem dar punições como oito anos na prisão.
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O Estadão afirma que o mais impressionante nesse cenário é que, apesar de todos os países do Mercosul condenarem expressamente a “orgia totalitária chavista”, o Brasil é o único que se porta de forma diferente.
O presidente chileno, Gabriel Boric, recriminou “a detenção arbitrária de representantes políticos da oposição”. o colombiano Gustavo Petro classificou como “golpe antidemocrático” o expurgo da líder de oposição María Corina. O ex-presidente uruguaio Pepe Mujica, ícone da esquerda latino-americana, disse que “isso não se pode chamar democracia”.
“Mas Lula rebaixou o Estado brasileiro a uma usina de panos quentes”, criticou a publicação.
‘Afinidades pessoais’ entre Lula com Maduro
O texto avalia como a indignação de Lula atinge “estratosferas hiperbólicas” quando se trata de se opor ao Leste Europeu (na guerra da Rússia contra a Ucrânia) ou ao Oriente Médio (para atacar Israel e se levantar contra o terrorismo do Hamas).
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Ironicamente, quando a ameaça contra o povo vem da Venezuela, as “afinidades pessoais e ideológicas de Lula” o deixam em silêncio. “Assim, a política externa nacional é desmoralizada ante a comunidade internacional, e o capital diplomático brasileiro é dilapidado e reduzido a uma impotência medíocre”, concluiu o editorial.
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Nem li a matéria. O dia que esse jornaleco vir a público pedir desculpas pela c…. de ter feito o L, talvez eu leia!!