O jornalista Valmir Salaro deixará de ter contrato fixo com a TV Globo depois de 31 anos, segundo a informação divulgada na sexta-feira 29. O término da relação teria ocorrido em comum acordo. A despedida do repórter da emissora está marcada para dezembro.
O veterano do jornalismo iniciou a trajetória na Globo em 1992 e se destacou por coberturas de temas policiais. Desde 2.000, Salaro fazia parte do quadro de funcionários da emissora como repórter especial do Fantástico.
“Valmir Salaro e a Globo decidiram em comum acordo que o profissional permanece na empresa até o final deste ano”, informou a emissora ao F5, site de entretenimento do jornal Folha de S.Paulo. “As portas da Globo estão abertas para novos projetos de Valmir no futuro.”
Globo e Valmir Salaro versus caso Escola Base
Valmir Salaro foi o primeiro repórter a noticiar o caso da Escola Base, em março de 1994. Na época, o jornalista e TV Globo deram destaque ao suposto crime. Na época, donos e funcionários do colégio particular localizado em São Paulo foram acusados de abuso sexual infantil e tiveram a vida massacrada pela opinião pública. Posteriormente, foi revelado que eles eram inocentes.
Em 2022, a Globo resolveu fazer uma produção sobre o erro jornalístico. Pelo serviço de streaming Globoplay, lançou-se um documentário relembrando a situação e colocando o jornalista de frente com os inocentados.
“O estrago tinha sido feito”, disse Salaro, sobre o seu trabalho na cobertura do caso Escola Base, conforme registro do site Memória Globo. “Com isso, aprendi uma lição: desconfiar sempre da versão policial e não embarcar em um ponto de vista sem uma investigação própria, tratando-se de um assunto tão grave.”
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O caso Escola Base é considerado um dos maiores erros da história da imprensa brasileira. Em março de 1994, o casal Icushiro Shimada e Maria Aparecida Shimada, proprietários do colégio, a professora Paula Milhim Alvarenga e o seu marido, o motorista Maurício Monteiro de Alvarenga, foram injustamente acusados de abuso sexual contra alunos de quatro anos.
Se o Brasil fosse um país sério ele pegaria prisão peprpetua!
Destruiu a vida de duas famílias!
Mas aceito uma doença terminal como retratação!
Esse encarna o padrão globo de notícias, primeiro destrói, depois procura a verdade, prova do lixo toxico que representa essa droga de emissora.