O submarino Titan, que implodiu nas profundezas do Oceano Atlântico depois de ter desaparecido no domingo 18, contava com uma série de falhas. Fabricado pela empresa norte-americana OceanGate, o submersível era usado para fins comerciais, realizando expedições até os destroços do Titanic, navio que naufragou em abril de 1912.
A Guarda-Costeira dos Estados Unidos anunciou na tarde de quarta-feira 22 que o veículo subaquático implodiu a caminho dos destroços do navio centenário. Dessa forma, os cinco tripulantes a bordo foram declarados mortos pelas autoridades. De acordo com especialistas, ao menos sete falhas podem ajudar a explicar o fim trágico do submarino Titan.
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Em geral, os problemas apontados — alguns com registros antes mesmo da tragédia desta semana — giram em torno de questões de segurança. Item que não despertava a atenção por parte do fundador e presidente da empresa OceanGate. Em entrevistas, Stockton Rush admitiu que “quebrava regras” nesse sentido. Piloto do Titan, ele era um dos tripulantes da expedição que acabou em implosão.
As 7 falhas do submarino Titan
Confira, abaixo, as sete falhas do submarino Titan, conforme lista publicada inicialmente pelo site do jornal O Globo.
- 1 — Escotilha que suportava pouca pressão
Em 2018, o então diretor de operações da OceanGate, David Lochridge, disse que a escotilha do submersível só suportaria, sem problemas, pressão de até 1,3 mil metros de profundidade (os destroços do Titanic estão a quase 4 mil metros de profundidade). O executivo acabou deixando a empresa.
- 2 — Problemas de comunicação
O Titan tinha falhas na parte de comunicação. Repórter da emissora norte-americana CBS News, David Pogue realizou, em 2022, a expedição até os destroços do Titanic. Ele registrou que o veículo não contava com sistema de GPS e era guiado por mensagens de texto enviadas a partir de um barco que ficava na superfície.
- 3 — Controle de PlayStation
Ao realizar a expedição, o jornalista também informou que o submarino era guiado por um controle de videogame. O que era verdade. Os comandos do Titan eram feitos com um modelo adaptado do Logitech F710, que se assemelha ao modelo de joystick do PlayStation.
- 4 — Alerta de especialistas
Carta assinada por 38 empresários, oceanógrafos e pesquisadores de águas profundas alertou a direção da OceanGate sobre “resultados negativos (de menores a catastróficos) com sérias consequências para todos” do Titan. O material, enviado em 2018, foi ignorado pela empresa fabricante do submarino.
- 5 — Problemas técnicos anteriores
O repórter Pogue também relatou que o Titan apresentava problemas técnicos, isso na viagem que ele fez no ano passado. De acordo com o jornalista, o submersível ficou mais de duas horas sem comunicação, “perdido” no Oceano Atlântico Norte.
- 6 — Sem regulação nos Estados Unidos
Apesar de a OceanGate ser de origem norte-americana, o Titan não era devidamente regulamentado nos Estados Unidos. Por causa disso, a empresa lançava o submarino longe do litoral norte-americano, já em águas internacionais, sem ter de seguir as normas da Guarda-Costeira do país.
- 7 — Embarcação experimental
O Titan era, oficialmente, um veículo subaquático de caráter “experimental”. É o que mostrou o repórter da CBS News a respeito do documento que teve de assinar para poder realizar a expedição aos destroços do Titanic. No material, também constava a informação de que o submarino não tinha sido “aprovado nem homologado por nenhum órgão regulador e a viagem poderia resultar em ferimentos, trauma emocional ou morte.”
Leia também: “Quem eram os tripulantes do submarino que implodiu em busca do Titanic”
Em resumo, o “submarino” era uma gambiarra, a exemplo do “petroleiro” João Cândido. O navio”suflair”. Propaganda do governo do cachaça. Navio este que nunca foi ao mar. Mais um roubinho básico do governo cachaça. Fazuéli e morde a fronha.
Depois dizem que é só no Brasil que acontece.