Oito espécies de animais podem deixar existir, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), uma das principais ONGs de proteção de bichos que correm risco de extinção.
Confira as oito espécies que podem desaparecer
Vaquita
A vaquita, também conhecida como “boto do Pacífico”, é uma espécie rara que vive no norte da Califórnia. De acordo com o biólogo Lorenzo Rojas-Bravo, as vaquitas estão desaparecendo rapidamente, desde sua descoberta, em 1958. Estima-se haver apenas dez. Cinco anos atrás, a população era de quase 30.
“Não acredito que seja uma batalha perdida, mas precisamos continuar lutando”, disse Bravo. O biólogo explicou ao site BBC News, na terça-feira 31, que a morte dos animais está ligada à pesca comercial ilegal. “Temos estudos que mostram que, se as autoridades mantiverem a pesca ilegal sob controle, a população (de vaquitas) poderá prosperar”, disse. “Mas o tempo não está do nosso lado.”
Saola
Conhecido como “unicórnio asiático”, o animal foi avistado pela primeira vez no início da década de 1990. À época, cientistas celebraram a descoberta de um mamífero de grande porte em 50 anos. Desde a primeira aparição, segundo a World Wildlife Fund (WWF), o saola foi vista apenas mais quatro vezes.
“Não podemos nem sequer ter certeza de que o saola ainda está por aí, já que a última vez em que um foi fotografado foi em 2013”, observou Margaret Kinnaird, líder global de vida selvagem do WWF, à BBC. “Não sabemos quantos indivíduos existem, e não estou muito otimista.” Organizações, como a IUCN, classificam uma espécie como extinta somente se “não houver dúvida razoável de que o último indivíduo morreu”.
Rinoceronte-de-sumatra
O WWF estima que menos de 80 rinocerontes-de-sumatra permanecem vivos. “Eles estão separados e não conseguem se encontrar”, afirmou Margaret Kinnaird. “Descobrimos que as fêmeas desenvolvem problemas no útero e nos ovários, se não se reproduzem por um longo período de tempo.”
Margaret garante que os rinocerontes-de-sumatra são um elo especial com o passado. Diferentemente dos outros animais da família, eles são cobertos por pelos longos e são parentes muito mais próximos dos rinocerontes-lanudos, já extintos, do que qualquer outra espécie de rinoceronte viva hoje. “Se eles sumirem, perderemos uma linhagem pré-histórica”, observou Margaret.
Entufado-baiano
A ave provém da Mata Atlântica brasileira. O entufado-baiano foi identificado em 1960, por meio de um exemplar empalhado em um museu alemão, e foi visto na natureza pela primeira vez em 1995.
Em 2011, pesquisadores brasileiros estimaram que entre dez e 15 aves se encontravam, majoritariamente, em uma floresta no nordeste da Bahia. Um grande incêndio, porém, atingiu a área em 2015 e apenas um exemplar da espécie, uma fêmea, foi avistado.
“Ela foi apelidada de ‘Esperança’, mas não a vemos desde 2019”, disse o biólogo Alexander Zaidan, que estuda o entufado-baiano. “Houve expedições a outras áreas para encontrar outros espécimes, mas ainda não avistamos nenhum.”
Leopardo-de-amur
Essa espécie é nativa do extremo oriente russo, no norte da China, e sofreu declínios populacionais consideráveis desde a década de 1970, por conta das caças ilegais, perda de habitat e disponibilidade reduzida de presas.
Os leopardos-de-amur foram listados pela IUCN como criticamente ameaçados de extinção, em 1996, e a estimativa é que restem apenas cerca de 85 deles.
Lobo-vermelho
O lobo-vermelho foi declarado extinto da natureza em 1980, e é uma das duas espécies nativas de lobos da América do Norte. No entanto, exemplares suficientes foram capturados por conservacionistas, que realizaram um programa de reprodução em cativeiro e reintrodução na natureza. Eles restabeleceram uma população que chegou a mais de 130 indivíduos, em 2011.
Conforme o Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos EUA, restam apenas 20 lobos-vermelhos na natureza, todos no Estado da Carolina do Norte. A maioria morreu, em virtude do avanço do urbanismo e de fazendeiros que defendem o gado.
Gorila-do-rio-cross
É a espécie mais rara de gorilas do mundo. Aproximadamente, 300 vivem na natureza, em áreas montanhosas na Nigéria e em Camarões. O WWF informou que os primatas estão espalhados em pelo menos 11 grupos.
A caça e a perda de habitat são as principais ameaças aos gorilas. A ONG Wildlife Conservation Society (WCS) acredita que possa existir uma “esperança”. “Antes considerados extintos, os gorilas-do-rio-cross estão voltando”, celebrou Andrew Dunn, diretor do escritório da WCS na Nigéria. “Essa recuperação foi apoiada pela WCS, em colaboração com comunidades locais e parceiros governamentais, como o Serviço Nacional de Parques da Nigéria, e financiada por doadores internacionais.”
Sirfídeos (moscas-das-flores) europeus
Essa espécie de insetos desempenha um papel crucial na polinização e na reprodução das plantas. Em outubro, a IUCN divulgou um estudo segundo o qual cerca de 40% das espécies europeias de sifrídeos estão ameaçadas de extinção, cinco consideradas altamente ameaçadas pela ONG.
A agricultura intensiva é o principal fator por trás da diminuição das populações de sirfídeos. “Para mudar o destino das moscas-das-flores, precisamos urgentemente transformar todos os setores de nossas economias, e especialmente a agricultura, para se tornarem favoráveis à natureza e sustentáveis”, disse o diretor-geral Bruno Oberle, IUCN, em comunicado.
Leia também: “Os novos velhos tempos da Amazônia”, artigo de General Eduardo Villas Bôas na Edição 149 da Revista Oeste
Infelizmente lulas não fazem parte da lista.
É muita pretenção nossa, achar que podemos alterar a seleção natural.
Enquanto não restar mais nada, o homem não irá parar.
As vezes até entendo porque a cabala globalista quer acabar com a maioria da humanidade.
Talvez no fundo estejam certos. Vá saber.