Guerra e Paz, de Leon Tolstói, e outros romances históricos clássicos que não retratam os militares russos de maneira negativa serão proibidos nas escolas ucranianas, informou, na terça-feira 7, o primeiro-ministro-adjunto da Educação, Andrey Vitrenko, em entrevista ao canal de TV Ukraine 24.
“Tudo isso será completamente excluído da literatura estrangeira”, afirmou Vitrenko. “Guerra e Paz, por exemplo, não será mais estudado na Ucrânia.”
O primeiro-ministro-adjunto disse que o Ministério da Educação estava trabalhando na compilação de uma lista de livros que seriam banidos das escolas ucranianas. Segundo o Ministério da Cultura e Política da Informação de Kiev, obras de literatura que “promovam a propaganda russa” devem ser removidas das bibliotecas e substituídas por livros ucranianos.
“Como a proibição de um livro que é reverenciado em todo o mundo vai parar a máquina de guerra de Vladimir Putin é uma questão a ser respondida”, disse o youtuber e escritor britânico Paul Joseph Watson, em seu blog.
Ciclo de intransigência
A intolerância não está restrita à cultura; atinge também o esporte. O torneio de tênis de Wimbledon, por exemplo, proibiu os jogadores russos de competirem neste ano — mesmo que denunciem as ações do próprio país. Também houve pedidos para que atletas russos sejam submetidos a testes ideológicos antes de ser autorizados a participar de torneios internacionais.
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A intolerância está tomando conta do mundo.
Até hoje, Stepan Bandera é reverenciado como um herói em partes da Ucrânia, principalmente por causa de sua luta contra o domínio soviético em sua terra natal. Mas isso era apenas parte de sua agenda política. Bandera foi moldado pelos discursos fascistas europeus. Oficialmente, os nacionalistas ucranianos não usaram o termo fascismo. Mas os discursos internos e também os contatos com Mussolini, com a Alemanha de Hitler, deixam claro que a OUN (Organização dos Nacionalistas Ucranianos) recebeu o fascismo transnacional, primeiro da Itália, depois da Alemanha e depois inventou seu próprio fascismo ucraniano. Os alunos vão terminar bebendo dessas fontes.; tadinhos.