O advogado brasileiro Romero Cabral da Costa Neto entrou na mira da Justiça e da polícia dos Estados Unidos. Ele foi preso na terça-feira 22, na capital norte-americana.
Costa Neto trabalhava como convidado na empresa Gibson, Dunn & Crutcher. Ele foi preso por uso de informação privilegiada (insider trading) para se beneficiar em determinados negócios. O brasileiro foi detido por agentes da polícia federal norte-americana, o FBI, em Washington D.C.
O procurador do Distrito Columbia abriu o processo contra o advogado brasileiro para investigar a negociação de informações confidenciais. Costa Neto, de 33 anos, também foi processado pela Securities and Exchange Commission (SEC, equivalente nos Estados Unidos à Comissão de Valores Mobiliários. O órgão identificou empresas envolvidas no negócio supostamente fraudulento.
Leia mais: “Fiagros crescem 50% e movimentam R$ 4,7 bilhões no 1º semestre”
Segundo o departamento que investiga o caso, o advogado comprou 10,4 mil ações da CTI BioPharma em 9 de maio. Ele vendeu os ativos um dia depois, posteriormente ao anúncio do negócio envolvendo a companhia, que tinha sido vendida ao laboratório sueco Orphan Biovitrum AB. Com as operações, o brasileiro obteve lucro de US$ 42,6 mil.
No escritório de advocacia norte-americano, que cuidou da venda da CTI BioPharma, Costa Neto não foi designado para a transação envolvendo as empresas envolvidas no negócio. Mas ele, segundo as investigações, acessou arquivos relacionados ao negócio mais de 100 vezes.
Comunicado do escritório onde advogado brasileiro trabalhava
O escritório norte-americano onde Romero Cabral da Costa Neto trabalhava divulgou uma nota sobre o caso. “Estamos cooperando com as autoridades e encerramos nosso relacionamento com o indivíduo”, afirmou o escritório Gibson, Dunn & Crutcher. De acordo com o escritório, o brasileiro “era um advogado visitante internacional de outro escritório de advocacia.”
A prisão de Costa Neto também fez um escritório brasileiro de advocacia se pronunciar. Isso porque ele trabalhou no para o Mattos Filho, de São Paulo, até o ano passado.:
“Esclarecemos que o profissional estava licenciado desde setembro de 2022, atuando em um escritório estrangeiro, não tendo, portanto, qualquer atuação, desde então, no Mattos Filho”, informa, dessa forma o escritório brasileiro, segundo o jornal Valor Econômico. “Diante do ocorrido, o profissional foi desligado do escritório até a conclusão do caso na Justiça americana.”
Eu ouvi CABRAL ?
Mal do nome…