A Agência Espacial Europeia (ESA) anunciou nesta quinta-feira, 17, que resolveu suspender a missão conjunta com a Rússia a Marte, em razão da invasão do país à Ucrânia.
O conselho dirigente da ESA se reuniu em Paris e reconheceu a atual impossibilidade de realizar a cooperação com a Roscosmos, agência especial russa, na missão de exploração com o rover ExoMars, com lançamento em 2022.
“Lamentamos profundamente as baixas humanas e as trágicas consequências da agressão à Ucrânia. Embora reconheça o impacto na exploração científica do espaço, a ESA está totalmente alinhada com as sanções impostas à Rússia pelos seus Estados-Membros”, manifestou a agência em comunicado.
Além do anúncio da interrupção do projeto com os russos para Marte, a Agência Espacial Europeia indicou que voltará a se reunir em breve para rediscutir o planejamento do ano.
Apesar de suspender a missão a Marte, a Agência Espacial Europeia informou que o programa da Estação Espacial Internacional continua a operar de acordo com o previsto.
Atualmente, a Estação Espacial Internacional tem em sua tripulação dois cosmonautas russos, quatro astronautas da agência norte-americana NASA e um representante europeu. A equipe multinacional tem trabalho em conjunto em órbita nos últimos meses.
O fim da colaboração russa com a ESA não é o primeiro incidente na indústria espacial ligado à invasão da Ucrânia. Nos últimos dias, um diretor da agência espacial russa ameaçou trazer de volta à Terra cápsula Kazakhstan sem o astronauta norte-americano Mark Vande Hei, como estava programado. No entanto, a Nasa anunciou na última terça que o impasse na Estação Espacial Internacional havia sido solucionado.