Novas análises de amostras de rochas da Lua coletadas em 1972 ajudaram os pesquisadores da Nasa a estimarem com maior precisão a idade do astro.
De acordo com os especialistas, a Lua é cerca de 40 milhões de anos mais velha do que o imaginado. A amostra havia sido coletada durante a Missão Apollo 17, da Nasa.
Os cientistas publicaram um estudo na revista científica Geochemical Perspectives Letters, em 23 de outubro.
Teorias sobre a formação e a idade da Lua
Conforme a teoria mais aceita, a Lua formou-se quando um objeto do tamanho de Marte colidiu com a Terra e expeliu um grande fragmento no espaço.
Quando o fenômeno aconteceu, a energia do impacto derreteu a rocha, que eventualmente se tornou a superfície da Lua.
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Os autores do estudo dizem que os cristais analisados haviam sido formados depois do arrefecimento (controle de temperatura) do oceano de magma lunar resultante da explosão.
“Esses cristais são os sólidos mais antigos conhecidos que se formaram após o impacto gigante”, disse Philipp Heck, autor sênior do estudo. “E porque sabemos a idade desses cristais, eles servem como uma âncora para a cronologia lunar.”
As novas análises do material revelam que a colisão que resultou na formação da Lua provavelmente aconteceu há 4,5 bilhões de anos.
“É incrível poder ter provas de que a rocha que você está segurando é o pedaço mais antigo da Lua que encontramos até agora”, disse a pesquisadora Jennika Greer, líder do estudo.
“É um ponto de ancoragem para muitas questões sobre a Terra”, explicou Jennika. “Quando você sabe a idade de algo, pode entender melhor o que aconteceu com ele em sua história.”